ANTES
VERGONHA NACIONAL.
AGORA
MUNDIAL
Gerson Tavares
Tudo aquilo
que essas “quadrilhas” fazem aqui no Brasil, elas acham que podem fazer pelo
mundo e só depois que a “casa cai” descobrem que pelo mundo ainda existe Justiça. Agora estamos vendo o que está acontecendo com a Odebrecht, que é
citada em um caso de corrupção e que está sob investigação na Procuradoria
Antimáfia, na Itália, envolvendo o pagamento de propinas no Panamá.
A empresa
brasileira é suspeita de ter pagado subornos, por meio de um empresário
italiano, para garantir contratos no país da América Central, principalmente no
que se refere às obras do metrô. A empresa foi citada na corte de Nápoles e
apresentada como parte do processo.
Os
empresários brasileiros estão acostumados a lidar com a “justiça” brasileira e
não esperam que lá fora, encontrarão a verdadeira "Justiça". Foi então que a
empresa arrumou um contato e, como “pilantra” não tem nacionalidade, neste caso
da Odebrecht o centro da investigação é o italiano Valter Lavitola, que já está
preso na Itália sob a acusação de extorsão.
Lavitola
passou a ser investigado pela Procuradoria Antimáfia por suas ligações com o
crime organizado. O “empresário” foi um dos principais aliados do ex-premiê
Silvio Berlusconi em negócios com empresas italianas em várias partes do mundo,
incluindo o Brasil.
E como o
brasileiro é metido a “esperto”, a turma da Odebrecht se meteu com gente que
nunca teve “categoria” nem para bandido. Em dezembro de 2011, numa carta
endereçada a Berlusconi, Lavitola fez ameaças ao ex-líder político italiano e
revelou a relação entre os dois. O documento foi usado como base do processo
que condenou Lavitola à prisão por tentar extorquir Berlusconi em 5 milhões. E
foi exatamente com esse “canalha” que a Odebrecht se meteu. É mole?
Mas por que
será que aconteceu esse contato? Mais ou menos eu acho que tem dedo de petista
nessa “negociata”. Em 2008 esse italiano morou no Brasil, onde obteve um visto
de residência. Documentos do Banco Central obtidos pelo jornal "O Estado de S.
Paulo" revelam, por exemplo, que Lavitola estava registrado no órgão e chegou a
ter importações financiadas. E como o Lavitola também mantinha negócios no
Panamá, os caminhos dos “bandidos” foram se cruzando.
O Ministério
Público italiano revelou a existência da suspeita de ligação entre o
empresário, a Odebrecht e o ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli.
Pelo que dá para notar, não é só o Brasil que tem bandido no governo.
É muito
bandido para o meu gosto.
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