terça-feira, 17 de março de 2015

ANTES VERGONHA NACIONAL.
AGORA MUNDIAL

Gerson Tavares
 







Tudo aquilo que essas “quadrilhas” fazem aqui no Brasil, elas acham que podem fazer pelo mundo e só depois que a “casa cai” descobrem que pelo mundo ainda existe Justiça. Agora estamos vendo o que está acontecendo com a Odebrecht, que é citada em um caso de corrupção e que está sob investigação na Procuradoria Antimáfia, na Itália, envolvendo o pagamento de propinas no Panamá.

A empresa brasileira é suspeita de ter pagado subornos, por meio de um empresário italiano, para garantir contratos no país da América Central, principalmente no que se refere às obras do metrô. A empresa foi citada na corte de Nápoles e apresentada como parte do processo.

Os empresários brasileiros estão acostumados a lidar com a “justiça” brasileira e não esperam que lá fora, encontrarão a verdadeira "Justiça". Foi então que a empresa arrumou um contato e, como “pilantra” não tem nacionalidade, neste caso da Odebrecht o centro da investigação é o italiano Valter Lavitola, que já está preso na Itália sob a acusação de extorsão.

Lavitola passou a ser investigado pela Procuradoria Antimáfia por suas ligações com o crime organizado. O “empresário” foi um dos principais aliados do ex-premiê Silvio Berlusconi em negócios com empresas italianas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.

E como o brasileiro é metido a “esperto”, a turma da Odebrecht se meteu com gente que nunca teve “categoria” nem para bandido. Em dezembro de 2011, numa carta endereçada a Berlusconi, Lavitola fez ameaças ao ex-líder político italiano e revelou a relação entre os dois. O documento foi usado como base do processo que condenou Lavitola à prisão por tentar extorquir Berlusconi em 5 milhões. E foi exatamente com esse “canalha” que a Odebrecht se meteu. É mole?

Mas por que será que aconteceu esse contato? Mais ou menos eu acho que tem dedo de petista nessa “negociata”. Em 2008 esse italiano morou no Brasil, onde obteve um visto de residência. Documentos do Banco Central obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo" revelam, por exemplo, que Lavitola estava registrado no órgão e chegou a ter importações financiadas. E como o Lavitola também mantinha negócios no Panamá, os caminhos dos “bandidos” foram se cruzando.

O Ministério Público italiano revelou a existência da suspeita de ligação entre o empresário, a Odebrecht e o ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli.

Pelo que dá para notar, não é só o Brasil que tem bandido no governo. 

É muito bandido para o meu gosto.

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