O mínimo que poderia acontecer
Gerson Tavares
Um dos
pilares de ética e moral em uma nação deveria ser a Justiça. Pelo menos foi
assim que meus pais ensinaram e em meus tempos de colégio também ouvia na sala
de aula. Mas parece que tudo isso foi esquecido pelo caminho trilhado pela
humanidade, pelo menos aqui no Brasil que ainda tem um tal de Flávio Roberto de
Souza como juiz de direito.
Não é que
esse “magistrado” foi flagrado dirigindo o Porsche Cayenne de Eike Batista e
ainda teve a coragem de admitir ter guardado o veículo na garagem do prédio
onde mora, junto com uma Range Rover, do filho do empresário, aquele motorista
“marginal” que atropelou e matou um ciclista no acostamento e ainda teve a
coragem de dizer que o pobre ciclista foi o culpado.
Mas o “sem
juízo” do Flávio Roberto Souza também deu a um vizinho a guarda de outro carro
da família de Eike e de um piano de cauda. Mas é bom que se diga que esses e
outros bens foram apreendidos por decisão do próprio juiz e seriam leiloados
para garantir o pagamento de dívidas empresariais.
Então a
corregedora-nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou na semana
passada pelo afastamento do juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara
Criminal Federal do Rio de Janeiro, da condução dos processos contra o
empresário Eike Batista.
Mas isso é o
mínimo que poderia acontecer com esse “safardana”. Digo isso porque com aquela
decisão, o Flávio continuará na função e só os processos do Eike serão
distribuídos a outro magistrado.
Mas como a Nancy
Andrighi determinou também a instauração de um procedimento disciplinar que
tramitará junto com uma sindicância já aberta na Corregedoria do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região, quem sabe se a Justiça será "justa" dessa vez e o
juiz seja afastado definitivamente de suas funções para o bem da ética
judicial.
Afinal, já é
uma grande covardia para com o povo, que um “juiz safado” tenha como maior
punição a aposentadoria.
Acorda
Brasil!
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