terça-feira, 10 de março de 2015

O mínimo que poderia acontecer

                                                                                                      Gerson Tavares
 







Um dos pilares de ética e moral em uma nação deveria ser a Justiça. Pelo menos foi assim que meus pais ensinaram e em meus tempos de colégio também ouvia na sala de aula. Mas parece que tudo isso foi esquecido pelo caminho trilhado pela humanidade, pelo menos aqui no Brasil que ainda tem um tal de Flávio Roberto de Souza como juiz de direito.

Não é que esse “magistrado” foi flagrado dirigindo o Porsche Cayenne de Eike Batista e ainda teve a coragem de admitir ter guardado o veículo na garagem do prédio onde mora, junto com uma Range Rover, do filho do empresário, aquele motorista “marginal” que atropelou e matou um ciclista no acostamento e ainda teve a coragem de dizer que o pobre ciclista foi o culpado.

Mas o “sem juízo” do Flávio Roberto Souza também deu a um vizinho a guarda de outro carro da família de Eike e de um piano de cauda. Mas é bom que se diga que esses e outros bens foram apreendidos por decisão do próprio juiz e seriam leiloados para garantir o pagamento de dívidas empresariais.

Então a corregedora-nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou na semana passada pelo afastamento do juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, da condução dos processos contra o empresário Eike Batista.

Mas isso é o mínimo que poderia acontecer com esse “safardana”. Digo isso porque com aquela decisão, o Flávio continuará na função e só os processos do Eike serão distribuídos a outro magistrado.

Mas como a Nancy Andrighi determinou também a instauração de um procedimento disciplinar que tramitará junto com uma sindicância já aberta na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, quem sabe se a Justiça será "justa" dessa vez e o juiz seja afastado definitivamente de suas funções para o bem da ética judicial.

Afinal, já é uma grande covardia para com o povo, que um “juiz safado” tenha como maior punição a aposentadoria.

Acorda Brasil!





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