sexta-feira, 13 de março de 2015

METENDO O DEDO NA FERIDA

Gerson Tavares
 





Na política atual que está gerando o Brasil, não temos mais para onde correr. Se você virar para a direita dá de cara com corruptos, virando para a esquerda eles lá também estarão sempre à espreita de encontrar um parceiro para mais uma trapaça.

Foi então que chegamos a um momento que sentíamos que os “bandidos” estariam “caindo na malha” da Justiça, mas olhando o que vem acontecendo no dia a dia com os “quadrilheiros do mensalão” chegamos à conclusão que nada de moralizador poderá acontecer nesse “pobre Brasil”. E para mostrar que não estou mentindo, é só ver o que já foi decidido em relação ao José Genoino que não deve mais nada ao povo brasileiro. Claro que ele não é um “fato” isolado e sim, é só mais um que está rindo da cara do povo brasileiro. 

E um bom exemplo para todos nós e o o Renan Calheiros, aquele mesmo que é presidente do Senado e membro do PMDB de Alagoas, uma verdadeira “praga” no jardim da nossa política. Exemplo de tudo que não presta, mas ele não está sozinho nessa posição de vendilhão do Brasil. Lembre-se que ele vem há muito tempo “mamando nas tetas da Pátria, já que foi o líder do governo Fernando Collor na Câmara dos Deputados, também ministro da Justiça no governo Fernando Henrique, depois presidente do Senado nos governos Lula e Dilma” e agora quer dar uma de honesto. O Renan sempre fez, faz e ira fazer aquela “cara de paisagem” que é muito de seu feitio e vai seguindo roubando o povo.

Agora mesmo, o Renan devolveu medida provisória enviada pelo governo federal com proposta de revisão da desoneração de impostos da folha de pagamento de 54 setores empresariais. Mas, claro que fez isso porque está com o “braço na seringa”, acuado por estar entre os políticos investigados pela Operação Lava a Jato, repetiu a mesma fórmula política que vem marcando sua carreira e resolveu partir para o ataque.

E assim ele colocou sobre os ombros dos outros tudo aconteceu de errado e colocou o governo em maus lençois, já que Dilma esperava ter problema só na Câmara Federal, já que o Eduardo Cunha é uma arma sem mira e assim pensava ter o Senado como sua grande defesa, mas pelo que deu para notar, Renan colocou a arma no peito do governo.

Renan Calheiros sempre foi um “salvador de bandidos”, mas agora resolveu negociar à “base da força”. Uma pessoa "bem sucedida" na política, já que hoje é dono de um “belo patrimônio” para quem veio de uma família pobre, Renan nunca joga para perder. Ele, que teve um início de vida como vendedor de sandálias feitas com pneus velhos na década de 1970, hoje troca “pecados” com a bandidagem. 

Dono de uma folha corrida extensa e de fazer inveja a qualquer mafioso, ele hoje está com a vida política de muitos graúdos na gaveta de sua escrivaninha. Poderia aqui desfiar o rosário para mostrar tudo que ele já fez para levar vantagem na política, mas vou omitir para que não sirva aqui de exemplo para aqueles que agora estão entrando na politicagem brasileira.

Claro que na política tudo é negociável e assim sendo, muitas das acusações que caíram sobre o Renan foram julgadas improcedentes por aliados do senador em processos que tramitaram na Casa. Em parte delas, ele ainda é réu em processos que correm sob sigilo no STF.

E agora o Renan ficou com a “vida de muitos safardanas” nas mãos e o governo petista, que havia esquecido o volume da folha corrida do “marginal”, andou fazendo “negociatas” e acabou fazendo do Renan um sócio das gestões Lula e Dilma. Não podemos esquecer que Renan, durante 13 anos, mandou na Transpetro, subsidiária da Petrobras, por meio do ex-senador tucano Sergio Machado. Entre os envolvidos na Operação Lava a Jato, Machado caiu após licenças sucessivas no cargo.

Agora Renan está com a caneta na mão e então resolveu negociar mais uma vez. Renan partiu para o troco e o governo Dilma mostra-se pouco habilidoso para lidar com um “mafioso” que é “capaz de vender a própria mãe”.

Ah! Esqueci.  “Vende, mas não entrega”.

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