BARUSCO DIZ QUE
"AS COISAS ERAM ACORDADAS"
Gerson Tavares
A quadrilha
formada no novo século no governo brasileiro é realmente uma das maiores e mais
ativas em todos os tempos. Por isso, o ex-gerente-executivo da Diretoria de
Serviços da Petrobras Pedro Barusco contrariou a alegação de empreiteiros de
que eram coagidos a pagar propinas. Isso foi dito por ele em depoimento à CPI
da Petrobras que iniciou no final da manhã do dia 10 de março, quando Barusco
disse não se lembrar de casos de extorsão.
E como todos
estão muito bem instruídos pelos seus advogados, Barusco falou: "Fico
procurando na minha mente e na minha memória e não me recordo de nenhum caso.
Extorsão eu nunca vi". Sei não, mas ele é um bom parceiro para os próximos
golpes que serão tentados por Lula e Dilma.
Barusco está
em liberdade, já que para não ser preso, o ex-gerente-executivo da diretoria de
Serviços da Petrobras fechou acordo de delação premiada em que se comprometeu a
devolver cerca de US$ 100 milhões. Imagina que ele era um simples “gerente”. Já
imaginaram quem mandava na quadrilha, quanto poderá pagar para ficar livre?
Durante sua
fala, ele disse ter começado a receber propinas em 1997, ainda durante o
governo Fernando Henrique Cardoso. O PT ficou feliz com essa declaração, mas a
oposição não se preocupou muito, já que Barusco deixou claro que, naquela
época, os acordos eram feitos entre ele e o representante de uma empresa, sem
participação do governo.
E para
completar a preocupação dos petistas, o ex-gerente-executivo disse que só a
partir da vinda do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, começou a ter reuniões
com ele para tratar do pagamento de propina. Barusco disse que não teve contato
com Delúbio Soares, ex-tesoureiro petista condenado no caso mensalão, e que não
sabe quem fazia essa articulação à época.
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