quarta-feira, 25 de março de 2015

BARUSCO DIZ QUE 
"AS COISAS ERAM ACORDADAS"

Gerson Tavares
 





A quadrilha formada no novo século no governo brasileiro é realmente uma das maiores e mais ativas em todos os tempos. Por isso, o ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco contrariou a alegação de empreiteiros de que eram coagidos a pagar propinas. Isso foi dito por ele em depoimento à CPI da Petrobras que iniciou no final da manhã do dia 10 de março, quando Barusco disse não se lembrar de casos de extorsão.

E como todos estão muito bem instruídos pelos seus advogados, Barusco falou: "Fico procurando na minha mente e na minha memória e não me recordo de nenhum caso. Extorsão eu nunca vi". Sei não, mas ele é um bom parceiro para os próximos golpes que serão tentados por Lula e Dilma.

Barusco está em liberdade, já que para não ser preso, o ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras fechou acordo de delação premiada em que se comprometeu a devolver cerca de US$ 100 milhões. Imagina que ele era um simples “gerente”. Já imaginaram quem mandava na quadrilha, quanto poderá pagar para ficar livre?

Durante sua fala, ele disse ter começado a receber propinas em 1997, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O PT ficou feliz com essa declaração, mas a oposição não se preocupou muito, já que Barusco deixou claro que, naquela época, os acordos eram feitos entre ele e o representante de uma empresa, sem participação do governo.

E para completar a preocupação dos petistas, o ex-gerente-executivo disse que só a partir da vinda do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, começou a ter reuniões com ele para tratar do pagamento de propina. Barusco disse que não teve contato com Delúbio Soares, ex-tesoureiro petista condenado no caso mensalão, e que não sabe quem fazia essa articulação à época.

Foi então que Lula e Dilma ficaram ainda mais “borrados”.

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