sexta-feira, 20 de junho de 2014

Que saudade do Luciano do Valle


  
GALVÃO TENTA SER OTIMISTA

APÓS O 0 A 0 DA SELEÇÃO

A seleção brasileira apresentou um medíocre futebol no empate por 0 a 0 com o México, na terça-feira, em Fortaleza, mas o Galvão Bueno, aquele enervante narrador da TV Globo em momento algum se deixa levar pela realidade, se esforçava para ver algo de positivo na ‘exibição’ da equipe verde que amarelou diante do México.

Mas para desespero maior do pai do Cacá, tanto o Ronaldo como o Casa Grande, que estavam comentando a partida tratavam de cortar toda a empolgação do ‘chefe’ que está sem voz ativa.

‘Você é supersticioso?’, perguntou Galvão à dupla de analistas. Todos disseram ser um pouco, incluindo ele, Galvão, que continuou com seu raciocínio otimista: "então pra quem é supersticioso, em 1958 quando o Brasil ganhou seu primeiro título, o segundo jogo foi 0 a 0 em um jogo com a Inglaterra. Quando o Brasil foi bicampeão do Mundo, em 1962, o segundo jogo também foi 0 a 0. Contra a então Tchecoslováquia. Por que não? Tomara que seja um sinal positivo", sugeriu.

Mas o dia era de desgosto para o enervante locutor. "Acho que é a única coisa boa que a gente pode tirar hoje aqui". Foi com esta frase que o Ronaldo jogou uma ducha de água fria sobre o Galvão. Mas Galvão não se rende e insiste na história e foi atrás de seu colega Arnaldo Cezar Coelho, comentarista de arbitragem. "Venha cá, Arnaldo, venha cá, Arnaldo. Você, que tem mais experiência que todos nós, lembra bem do empate 0 a 0 com a Inglaterra e em 1962?".

E o Arnaldo falou: "Lembro, foi 0 a 0", respondendo sem a menor animação. E o Arnaldo completou: "mas aquele fato acabou lá". Ou seja, lá ganhou, mas isso nada garante que a história irá se repetir. Mas o contrato da Globo com a CBF não deixa dúvidas: "Tem que manter o espírito elevado. O Brasil é líder do grupo", continuou Galvão, sempre vendo tudo bem, esquecendo-se, possivelmente de propósito, que a Seleção só está em primeiro lugar por ter vantagem no saldo de gols, aliás, saldo garantido pelos dois gols legais mal anulados dos mexicanos na vitória por 1 a 0 sobre Camarões, sem contar o pênalti inexistente marcado para o Brasil contra a Croácia.

E seguiu em sua defesa da mediocridade da verdinha amarelada: "O México tá em segundo lugar e os outros não têm nada". Otimista, ele não pensava que quando Croácia e Camarões entrassem em campo, em caso de alguém vencer, estaria a um pontinho da Seleção Brasileira, assim como a mexicana, ambos com quatro.

"Se houver um empate, estará praticamente classificado. Tem que manter o moral elevado, ir pra cima, Copa do Mundo é assim, por isso citei os exemplos", justificou já prevendo o resultado que não aconteceu.

Mas na realidade, os exemplos escolhidos a dedo por ele que, aliás, passou boa parte do jogo, principalmente no segundo tempo, enaltecendo o goleiro mexicano, Ochoa, que evitou gols brasileiros nas poucas chances criadas. Mas como ele é fiel a CBF, ao Lula e a Dilma, em momento algum mencionou as defesas de Julio Cezar.

Sei não, mas o Brasil passar pela Copa tenho muitas dúvidas, já quanto ao fato de Galvão estar fazendo a sua última Copa, sou capaz de apostar. 

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