GALVÃO
TENTA SER OTIMISTA
APÓS
O 0 A 0 DA SELEÇÃO
A seleção brasileira
apresentou um medíocre futebol no empate por 0 a 0 com o México, na
terça-feira, em Fortaleza, mas o Galvão Bueno, aquele enervante narrador da TV
Globo em momento algum se deixa levar pela realidade, se esforçava para
ver algo de positivo na ‘exibição’ da equipe verde que amarelou diante do
México.
Mas para desespero
maior do pai do Cacá, tanto o Ronaldo como o Casa Grande, que estavam
comentando a partida tratavam de cortar toda a empolgação do ‘chefe’ que está
sem voz ativa.
‘Você é supersticioso?’,
perguntou Galvão à dupla de analistas. Todos disseram ser um pouco, incluindo
ele, Galvão, que continuou com seu raciocínio otimista: "então pra quem é
supersticioso, em 1958 quando o Brasil ganhou seu primeiro título, o segundo
jogo foi 0 a 0 em um jogo com a Inglaterra. Quando o Brasil foi bicampeão do
Mundo, em 1962, o segundo jogo também foi 0 a 0. Contra a então
Tchecoslováquia. Por que não? Tomara que seja um sinal positivo", sugeriu.
Mas o dia era de
desgosto para o enervante locutor. "Acho que é a única coisa boa que a
gente pode tirar hoje aqui". Foi com esta frase que o Ronaldo jogou uma ducha de
água fria sobre o Galvão. Mas Galvão não se rende e insiste na história e foi
atrás de seu colega Arnaldo Cezar Coelho, comentarista de arbitragem.
"Venha cá, Arnaldo, venha cá, Arnaldo. Você, que tem mais experiência que
todos nós, lembra bem do empate 0 a 0 com a Inglaterra e em 1962?".
E o Arnaldo falou: "Lembro,
foi 0 a 0", respondendo sem a menor animação. E o Arnaldo completou:
"mas aquele fato acabou lá". Ou seja, lá ganhou, mas isso nada garante
que a história irá se repetir. Mas o contrato da Globo com a CBF não deixa
dúvidas: "Tem que manter o espírito elevado. O Brasil é líder do
grupo", continuou Galvão, sempre vendo tudo bem, esquecendo-se,
possivelmente de propósito, que a Seleção só está em primeiro lugar por ter vantagem
no saldo de gols, aliás, saldo garantido pelos dois gols legais mal anulados dos mexicanos na
vitória por 1 a 0 sobre Camarões, sem contar o pênalti inexistente marcado para
o Brasil contra a Croácia.
E seguiu em sua defesa
da mediocridade da verdinha amarelada: "O México tá em segundo lugar e os
outros não têm nada". Otimista, ele não pensava que quando Croácia e Camarões entrassem em campo, em caso de alguém vencer, estaria a um pontinho da Seleção Brasileira,
assim como a mexicana, ambos com quatro.
"Se houver um
empate, estará praticamente classificado. Tem que manter o moral elevado, ir
pra cima, Copa do Mundo é assim, por isso citei os exemplos", justificou já prevendo o resultado que não aconteceu.
Mas na realidade, os
exemplos escolhidos a dedo por ele que, aliás, passou boa parte do jogo,
principalmente no segundo tempo, enaltecendo o goleiro mexicano, Ochoa, que
evitou gols brasileiros nas poucas chances criadas. Mas como ele é fiel a CBF,
ao Lula e a Dilma, em momento algum mencionou as defesas de Julio Cezar.
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