JOAQUIM BARBOSA RENUNCIA
À RELATORIA DO PROCESSO
DOS MENSALEIROS
Gerson Tavares
O presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu na terça-feira, dia 17, renunciar à relatoria da Ação Penal 470, o
processo do mensalão. Com a decisão, Barbosa não levará ao plenário da Corte os
recursos dos condenados que recorreram contra a decisão dele que cassou os
benefícios de trabalho externo. A partir de agora, todas as questões
relacionadas à execução das penas serão encaminhadas ao vice-presidente do STF e futuro 'salvador dos bandidos' no
Supremo, Ricardo Lewandowski, que determinará a redistriuição do processo.
Barbosa deve se aposentar da Corte em duas semanas.
Na decisão, Barbosa
afirmou que os advogados dos condenados passaram a atuar politicamente no
processo, por meio de manifestos e insultos pessoais. O presidente citou o fato
envolvendo Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado José Genoino. Na
semana passada, Barbosa se viu obrigado a determinar que seguranças do STF retirassem aquele mal profissional do plenário.
"Esse modo de agir
culminou, na última sessão plenária do STF, em ameaças contra minha pessoa
dirigidas pelo advogado do condenado José Genoino Neto que, para tanto, fez uso
indevido da tribuna, conforme se verifica nos registros de áudio e vídeo da
sessão do dia 11 de junho", disse Barbosa.
E agora o presidente do
Supremo pediu à Procuradoria da República no Distrito Federal a abertura de uma
ação penal contra advogado de Genoino. Barbosa pede que Pacheco seja
investigado pelos crimes de desacato, calúnia, difamação e injúria.
Pacheco disse que vai
se pronunciar sobre a ação somente após conhecer os detalhes do pedido. Há que diga que ele deverá se pronunciar na manhã de um dia em que não tenha ainda 'tomado tudo'. Mas o Pacheco falou: “Falo somente após conhecer formalmente a
acusação. Por enquanto, fico apenas com a tranquilidade dos profissionais que
cumprem com seu dever", disse ele à Agência Brasil, aliás uma empresa do governo ao qual os envolvidos são 'participantes ativos'.
É por essas e outras que sempre falo: "Advogado de bandido, bandido é!".
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