“Vaidade, teu nome é Lula”

Gerson Tavares

Começo falando em vaidade, mas nem sei se é esta a definição da palavra Lula. Mas até seria bom que assim fosse, pois vaidade é coisa que o ser humano tem sem agredir, vaidade é coisa que dá e passa.

Quando Lula, só para dizer que existe uma ligação muito grande entre ele e Dilma Rousseff, falou que votar em Dilma significa votar em Lula, ele disse que o seu nome estará ausente da “cédula eleitoral” depois de cinco eleições e que por isso, “haverá um vazio na cédula”.

Sendo por vaidade, talvez fosse melhor que Lula lembrasse que com o advento da urna eletrônica não existe aquela incômoda cédula eleitoral que só servia para sujar as ruas e também lembrar que ele não pode ser candidato, segundo a constituição. Muito mais vaidoso poderia ele ficar, se demonstrasse que entende até da legislação brasileira. Mas como parece que ele usou seu nome para alavancar o da Dilma, fica provado que só assim a sua “escudeira” poderá ser votada.

Só que a verdadeira história ele não irá nunca declinar. Ele deveria falar que mesmo não estando concorrendo ao cargo, se a Dilma for eleita, ele será o presidente. Dilma só irá assinar aquilo que ele aprovar, porque como escudeira, estará ali para que ele possa esconder todos os seus desmandos dos oito anos anteriores e desmandos que não são poucos.

Assim como Dilma já respondeu por outros nomes no passado, para mostrar que hoje ele é o candidato a presidente com nome de “Dilma”, ele mesmo falou: “Vai haver um vazio naquela cédula e, para que esse vazio seja preenchido, ‘mudei de nome’ e vou colocar Dilma na cédula... E aí as pessoas vão votar”.

Não sou eu que estou falando. Estas palavras são do próprio Lula. Pensem bem antes de votar.