Uma só raça

Gerson Tavares

Como seria bom se tudo fosse assim. Todos iguais perante Deus, perante a lei e perante o seu irmão. Mas não é bem assim e por aqui ainda tem gente inventando lei para igualdade racial. Num país onde todos são misturados, onde ninguém, sendo brasileiro, possa dizer que é negro ou é branco. Todos tem um pé na África e outro na Europa. E ainda existem alguns que conseguiram pisar até na Ásia. Mas todos “misturaderrimos”, como diria o saudoso Dener.

Mas sempre tem alguém querendo levar vantagem e é pensando nisso que sempre os mesmos “alguéns” ficam procurando pulga na cabeça de careca. Durante sete anos, o Estatuto da Igualdade Racial foi discutido e agora foi aprovado no Senado Federal. E eu sempre me pergunto o por quê dessas “leis”, já que, se queremos igualdade, não precisamos de lei exatamente para “discriminar”. Sim, porque se existe uma lei para punir quem não há cumpre, está instituida a discriminação racial.

E foi aí que encontrei com um senhor que não aceita que usem em referencia a ele, a novidade de “afrodescendente” e ele me dizia o por quê: “Como posso aceitar essa discriminação que é vista por esses negros que se dizem líderes, quando eles são os maiores racistas? Basta ver se algum deles continua casado com a ‘preta velha’ do inicio de vida... Não, estão todos eles casados com “louras”... Mas esse casamento só aconteceu depois que ele se arrumou, ganhando a vida explorando o negro... Porque, só é líder de alguma coisa, aquele que não quer nada com o batente”.

Ouvindo aquele “negro de bem” falar eu comecei a pensar e vi que realmente todos os lideres negros são casados com louras. As louras podem até ser “loura de farmácia”, mas louras e muitas delas “louras burras”.

A “gula” desses “líderes” é incentivada por muitos e até a OAB, uma organização que só se mexe quando vê alguma oportunidade para seus associados levarem vantagens com certos “movimentos”, também tem uma Comissão Racial. Pois bem, está Comissão vai promover no próximo dia primeiro de julho um ato para lembrar as negras e os negros, que foram vítimas do período militar. O Marcelo Dias, que preside a Comissão, está falando que a nossa história não dá visibilidade suficiente para a participação dos negros naquela luta. Parece até que os negros e as negras foram os únicos que passaram pelas agruras do período militar.

Mas uma coisa me consola. Resolveram que a lei discriminatória aprovada não vai mais ter o item “cotas”. Vamos ter estudantes de verdade, seja ele de que etnia for. Seja negro ou branco, não é na hora de entrar na faculdade que o pobre tem que ser auxiliado. Eles precisam sim, de ter bom ensinamento na educação fundamental. Eles precisam de educação pública séria e não “escola pública” sem aproveitamento, só para dizer que passou de ano e, aliás, essas “escolas públicas” só servem para fabricar votos. Vamos acabar com esse negócio de “cota” para faculdade e dar ensino de qualidade lá atrás, quando a criança precisa e quer saber mais.

Também outra aberração que ficou de fora foi àquela obrigatoriedade de negros em programas de televisão, comerciais e filmes, coisa que não passava de uma tremenda “babaquice”. Quem sabe que ator é necessário para seu trabalho é o autor da obra. Quando ele escreve um texto, negros e brancos estão ali, cada um com seu papel e por isso fica caracterizada uma tremenda de uma ignorância esse negócio de “cota”.

Só na cabeça desses “racistas” que vivem de “movimentos” e “inventores de histórias” poderia passar esse negócio de “cota”. E o problema não é de cota e sim de cabeça, porque quando alguém é racista, ele acha que todos são.

Vamos respeitar o ser humano, seja ele negro, branco, índio, mestiço ou amarelo . Quer saber? “Estatuto da Igualdade Racial é o cacete!”.