segunda-feira, 7 de julho de 2008

ACONTECEU
no
BRASIL
Dilma deu bobeira, Carvalho ganhou força


Gilberto Carvalho, na calada,
vai se colocando ao lado de Lula




BRASÍLA – É sempre assim. Enquanto alguém dorme, aparece um mais experto e puxa o tapete. Nos bastidores do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho, o chefe de gabinete da Presidência, está ganhando espaço como coordenador das agendas ministeriais da Esplanada e porta-voz das cobranças do presidente. Ele assumiu as funções porque na Casa Civil está havendo certas mudanças. Acuada pelas crises em seqüência do “dossiê FHC” e do caso Varig, além de cobrada nas funções de “mãe do PAC” e de pré-candidata empurrada para o palco eleitoral de 2010 pelo próprio presidente da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, dedica-se cada vez menos à função que fez Lula tirá-la das Minas e Energia, depois da demissão de José Dirceu nos tempos do mensalão.


Em junho de 2005, Lula colocou Dilma no lugar de José Dirceu, que voltou à Câmara e teve o mandato cassado, com a intenção de fazer da Casa Civil a gerência administrativa do governo. A intenção virou prática efetiva, o que liberou o presidente para fazer o que mais gosta: falar em solenidades públicas, fazer poucas reuniões de agenda administrativa, deixando Dilma tocar o negocio e abrir a agenda do Planalto para os “encontros estratégicos” com líderes empresariais e sociais.


Olhando melhor a agenda do presidente em 2007, dá para ver que Dilma concentrava os encontros administrativos com os ministros, que só iam a Lula quando era preciso bater o martelo sobre assuntos primordiais e decisivos. Hoje, com Dilma menos voltada para a tarefa, a agenda do presidente está recheada de um varejo de despachos com ministros cuja administração fica a cargo de Carvalho.


Assim, Lula tem uma nova coordenação que por levar tantos pequenos problemas que antes eram resolvidos na ante-sala, está ficando mais envelhecido, mas só que agora, em “tonel de Carvalho”.

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