quarta-feira, 2 de julho de 2008



Abatido, FHC agradece carinho do povo com Ruth


Fernado Henrique ladeado pela família,
enxuga uma lágrima de saudade



SÃO PAULO - Os olhos vermelhos e mareados. A voz quase inaudível. Assim, abatido, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso agradeceu ontem, ao povo, aos médicos e à imprensa o carinho dedicado a sua mulher, Ruth Cardoso. “Infelizmente não posso dar um abraço e um beijo em cada um daqueles que se dirigiu de maneira tão calorosa à Ruth”, disse Fernando Henrique depois da missa de 7º dia de morte Ruth Cardoso, que celebrada na capela Nossa Senhora do Sion, na região central de São Paulo. “Não direi nada sobre ela. Não posso”, disse o ex-presidente, alquebrado e com a fala fraca.

Na primeira fila, Fernando Henrique sentou entre as filhas Luciana e Beatriz, ao lado dela estavam o filho, Paulo Henrique, e a nora, Evangelina Seiler. Beatriz enxugou as lágrimas do pai quando uma orquestra regida pelo maestro João Carlos Martins tocou Bach enquanto o padre Hector Velardi preparava a Eucaristia. Em seguida, o próprio FHC tirou um lenço do bolso e enxugou o rosto, lavado de lágrimas.

Abatido, o ex-presidente se emocionou também quando, durante o sermão, o padre afirmou: “Dona Ruth não está morta. A morte foi só parte de uma caminhada”. Fernando Henrique balançou a cabeça concordando.

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