segunda-feira, 23 de agosto de 2010

“Só tem ladrão”




Gerson Tavares



Quando falei na sexta-feira sobre os transportes que deixa pais de família dormindo debaixo de marquises por falta de dinheiro para o "ir e vir", poderia tranquilamente falar também das estradas. Tudo é uma questão de desgoverno, mas deixei para hoje essa parte do “desgoverno Lula”.

Enquanto os trabalhadores que são hoje a “classe média” do Lula não tem dinheiro nem para retornar à casa após um dia de trabalho, o grande alvo da cobiça de políticos aliados do governo e de opositores, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o “famigerado” Dnit, se perpetua como um ninho de irregularidades em contratos e licitações públicas.

Isto quem diz não sou eu, mas sim o Tribunal de Contas da União (TCU), que desde janeiro de 2009, mostra, entre outros milhares de problemas, ocorrências de superfaturamento nas contas daquele departamento e que já somam R$ 1,02 bilhão nos últimos sete anos e meio do governo Lula.

Em cada lote de dez acórdãos em que a autarquia é citada, mesmo que seja só para discussão de situações alheias, um sinaliza sangria dos cofres públicos. É como se o TCU detectasse a cada duas semanas uma irregularidade em obra do Dnit, mas o mais triste dessa história e que você roda o Brasil e não vê obra alguma nas estradas.

Mas como para tudo tem uma explicação, a cifra que passa de um bilhão de reais, engloba pagamento por serviços que nem se quer foram executados. Existem jogos de planilha e licitações viciadas ou fraudulentas em pelo menos 43 trechos rodoviários e um ferroviário. Além da verba que sumiu e o TCU está tentando recuperar, esta soma inclui muita coisa que só não foi paga porque não passou no crivo do órgão de controle externo e como destaques estão quatro projetos nas BRs 101 e 285, além do Anel Rodoviário de Belo Horizonte.

E assim, com o dinheiro sendo desviado desde o início do governo Lula e petista por natureza, se a Dilma Rousseff se eleger e o Lula continuar comandando a “quadrilha”, não tenham dúvidas, vamos continuar sem estradas, mas Lula e companhia vão aumentar o “lastro” nos paraísos fiscais.

Como diria o Boris Casoy: “Isto é uma vergonha!”.

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