quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Depois da Dilma,
todos querem diploma





Gerson Tavares



Tudo começa lá de cima. Se o chefe não dá o respeito, é lógico que a turma no subsolo acaba extrapolando. Tanto no Poder Executivo como no Poder Legislativo e até mesmo no Poder Judiciário, todos da área Federal, estão metendo os pés pelas mãos. O dinheiro que deveria ser empregado na Saúde, na Educação, na Segurança, na Previdência ou em qualquer outro setor para beneficio da população, vai sempre pelo ralo abaixo. Sempre, mas sempre mesmo, o dinheiro vai parar nas contas de parentes, de laranjas e até em Paraísos Fiscais.

Agora foi a vez de vereadores “colocarem suas maguinhas de fora”. A coisa “pipocou” lá no sul do país, no Rio Grande do Sul, nas câmaras municipais de Trinfo, Dom Pedro de Alcântara e General Câmara, interior do estado gaúcho. A Polícia Civil gaúcha recolheu documentos nas três câmaras que comprovam as denúncias quando executaram a Operação Legislatur.

Tudo aconteceu a partir de uma denúncia, na quarta-feira passada, dando conta de cursos fraudulentos em que vereadores “faziam turismo”. Foi instaurado um inquérito policial e na manhã da segunda-feira “o bicho pegou”.

Depois que no domingo passado o "Fantástico" mostrou que vereadores faziam turismo com dinheiro público, enquanto deveriam estar em cursos de qualificação, os “safardanas” ainda achavam que tudo iria ficar como antes, mas se deram mal. Na reportagem, a equipe da TV Globo mostrou que enquanto os cursos ficavam praticamente vazios, passeios turísticos tinham quórum total dos vereadores. Sem a menor vergonha os “safardanas” compravam diplomas falsos para justificar a presença dos parlamentares em cursos que não foram frequentados.

Mas como eu falei, o exemplo vem de cima. Se a Dilma Rousseff podia apresentar diplomas falsos de doutorado, eles resolveram apresentar também seus diplomas falsos e com o mesmo teor de validade dos diplomas da Dilma.

Como diria o Bruno Mazzeo: “Tem esperto pra caramba!”.

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