quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu não dei procuração




Gerson Tavares



Eu nunca votei em Lula. Aliás, eu nunca votei em candidato algum do PT, nem para presidente da República e muito menos para outro cargo eletivo. Tenho a nítida impressão que para ser petista o "cara" tem que ser mentiroso, pois nenhum dos membros do comando do PT foi em alguma época trabalhador de fato. São sempre trabalhadores "de mentirinha". Neste “saco de gatos” estejam certos que eu incluo o Lula. O tempo que ele foi metalúrgico não lhe dá o direito de bater no peito dizendo “sou trabalhador”. Pode no máximo dizer “sou pelego”.

E quando falo que nunca votei em petista e lógico nunca votei e nem votarei um dia no Lula, é para dizer que não dou o direito de Lula se meter nas leis do Irã e falar como presidente da República do Brasil. Se nunca votei nele é porque não merece ser meu procurador e se ele fala em nome do Brasil, está falando em nome de todos os brasileiros.

Não assinei nenhuma procuração para que uma pessoa fale em meu nome aquilo que eu não penso. Se nas leis do Irã está escrito que a Sakineh Mohammadi Ashtiani deve morrer apedrejada, o que tem o Brasil que se meter? Desde o ano 3.200 A.C. existem registros de assentamentos humanos naquela região. Em 555 A.C., Ciro iniciou uma revolta e colocou a Pérsia sob sua soberania. Desde então suas leis são cumpridas. Quem sou eu, tanto tempo depois, no ano de 2010 depois de Cristo, para dizer que não? E além do mais, assim como não admito que alguém venha em minha casa criticar as minhas “ordens”, nunca irei à casa do vizinho dizer que as ordens dele não devem ser cumpridas.

Mas não. Lula, que se acha o “todo poderoso” aqui, acha que é também no mundo. Ele não sabe que quando o Obama falou “é o cara”, pode ter falado em vários sentidos. Só depende da interpretação, mas agora o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deve estar pensando: “Este é o cara intrometido que o Obama falou”.

Mas o Lula quer aparecer. Fala em nome de uma nação aquilo que ele pensa. Fala em nome do brasileiro aquilo que muitos, até eleitores seus, também condenam até porque sabem que as leis devem ser cumpridas de acordo com o que está escrito. Será que o Lula não notou que até no “jogo do bicho”, só vale o que está escrito?

Quanto ao Lula falar que por ser cristão é contra a pena de morte, tudo bem. Mas ele esquece que um dia ele disse que o país é laico e assim sendo, o "cargo" de presidente da República também tem obrigação de ser laico. Eu sou católico, por isto sempre digo ser um verdadeiro cristão porque afinal foi Cristo que fundou o catolicismo e, no entanto, penso muito quando falo sobre a pena de morte.

Lula disse que só Deus pode tirar a vida e eu digo amém, mas só esquece o Lula que na pena de morte, o “carrasco” é só o instrumento da lei e quem tira a vida é Deus.

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