terça-feira, 31 de agosto de 2010

“Crime comum”... É brincadeira?



Gerson Tavares



Depois que a cúpula petista que comanda a Receita Federal declarou que o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, foi um crime comum, tudo pode acontecer neste “Brasil do faz de conta”. Os “safardanas” garantem que não é crime político, mesmo batendo de frente com as revelações colhidas pela Polícia Federal.

Foram ouvidas no inquérito da PF na semana passada, duas testemunhas. O próprio Eduardo Jorge e o jornalista Leonardo de Sousa, do jornal “Folha de S. Paulo”, que é o autor da primeira reportagem sobre o caso e confirmaram que os dados foram vazados por integrantes do comitê de pré-campanha da candidata à Presidência Dilma Rousseff, que além de ser a candidata do Lula, é do PT.

Este inquérito começou em julho e é comandado pelo delegado Hugo Uruguai e pelo jeito que vai não tem data para ser concluído. O diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, é o primeiro a falar que dificilmente a investigação será concluída antes da eleição de outubro, porque, conforme destacou, a produção de prova tem que ser feita dentro do ritmo da legalidade, "sem atropelar etapas". Como Dilma Rousseff precisa que nada aconteça antes das eleições para evitar escândalos, "vai cair a 'formiga' no mel” e tudo fica como ela precisa. Culpada, talvez, mas apontada jamais.

Mas como a Receita Federal virou um “balcão de negócios”, onde “pagou leva”, quem também não tem dúvida de que a Receita virou "uma vidraça" estilhaçada por excesso de vazamento de dados é o juiz Antônio Cláudio Macedo da Silva, titular da 8ª Vara Federal de Brasília. Mas o pior disso tudo é que o eleitor não está nem aí. O mundo desabando e ele trocando seu voto por qualquer “bolsinha”.

Depois não adianta reclamar o leite derramado.

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