segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Informações “faturadas”



Gerson Tavares



O brasileiro está envergonhado com as últimas noticias que trazem a Receita Federal para as páginas policiais. Lógico que quando falo brasileiro, estou falando aquele cidadão de bem, aquele que não se envolve em “mutretas”, aquele que nunca pensou nem de longe em “meter a mão no cofre da viúva”.

Este cidadão brasileiro está muito triste, pois já há vários dias sente que não dá mais para confiar em quem quer seja, neste governo petista. Na sexta-feira, o responsável por comandar as investigações sobre a violação dos sigilos fiscais de quatro integrantes do PSDB, o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D’Avila, afirmou que o trabalho do órgão na apuração do caso, identificou indícios da existência de um “balcão de compra e venda” de informações da Receita.

Gente, não dá para acreditar, mas como quem falou é uma pessoa correta sou obrigado a acreditar. Quando ouvi a declaração do corregedor-geral falando em entrevista coletiva na sede do Ministério da Fazenda, na capital federal da corrupção lei um susto: “Há indícios de uma intermediação feita por alguém de fora da Receita. Os indícios são de um suposto balcão de compra e venda de informação. Isso nós vamos repassar ao Ministério Público e cabe à Polícia federal incorporar isso ao inquérito e fazer as investigações. A nossa parte é fazer a representação ao Ministério Público”.

E para piorar a coisa o corregedor admite que grupos políticos possam ter utilizado o suposto “balcão” de compra e venda de informações: ele disse que houve compra e venda de informações, sem que houvesse um grupo privilegiado. Segundo ele, não dá para identificar nenhum vínculo político partidário.

E foi assim que eu mais uma vez me desiludi. Desiludido estou com os políticos e também com os eleitores que ainda assim, com todo esse escândalo, ainda pensa em eleger alguém que faz parte dessa “camarilha” toda. Como disse o corregedor, não são só os petistas, mas não se pode negar que depois que eles assumiram o governo, há quase oito anos atrás, a coisa degringolou. Dilma é useira em montar esquema de dossiê, seus “cúmplices” estão sempre espionando alguém e seu partido tem o mérito de ser o mais violador de normas.

Por tudo isso, “Parem o mundo que eu quero descer!”.

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