“Estudar pra que?”

Gerson Tavares

Ontem falei sobre a eleição da UNE, quando mais um alpinista político foi eleito para presidente da entidade. Assim como há alguns anos atrás um estudante nada convicto, foi presidente da UNE e aproveitou a ocasião para usar incautos estudantes para galgar a cargos políticos. Naquela ocasião, foi um estudante “profissional” que usou a força da entidade para se unir a “oposição” e depois da “vitória” no movimento contra Collor, se elegeu deputado e hoje é o prefeito de um dos maiores municípios do Rio de Janeiro. Estamos falando de Lindberg Farias, que hoje está fazendo “escola”.

Deixando a educação de lado, a UNE vai partir para a campanha eleitoral da candidata de Lula, Dilma Rousseff. O presidente eleito não tem o menor escrúpulo ao dizer que vai colocar a entidade estudantil a serviço da política de Lula e já se declara candidato a algum cargo eletivo na próxima eleição. Vai organizar uma caravana estudantil para sair pelo Brasil em campanha pro Dilma. Ele é filiado ao PcdoB e vai lutar para garantir o seu lugar.

Mas quem é esse presidente da UNE? O nome dele é Augusto Chagas, como Lindberg um estudante “profissional”, que só pensa em se dar bem, mesmo que para isso tenha que usar os “inocentes” estudantes. Ainda como Lindberg, ele é um estudante que não está preocupado com diploma. O importante é se manter “estudante”. Ele tem 27 já tentou, sem completar, dois e cursos, mas como a sua trajetória é a política, está cursando agora um terceiro, mas na certeza que também não chegará ao fim.

Sua bandeira não é a estudantil, mas sim, a bandeira da política do assistencialismo que Lula tanto prega. Está defendendo a criação da “Bolsa Educação”, que será mais uma jogada para garantir votos. Esta Bolsa Educação será para universitários de baixa renda e que será custeada pelo governo federal. Quer dizer, uma continuidade das cotas, já que negros, indígenas, pobres e desvalidos já contam com essa modalidade e agora vem o Augustoberg e quer criar mais essa.

Mas já notaram que eles chegam à presidência da UNE e não falam em melhores colégios? Eles m momento algum lutam por melhores salários para os professores e muito menos por melhor ensino. Afinal, eles não tem tempo para estudar. Entre estudar e fazer política, eles ficam só com a segunda opção.

E assim vai a educação do povo. Nenhuma instrução, mas todos se elegem formados em “ladroagem”.