DILMA COBRA LEALDADE E DIZ
QUE
‘ESPERTEZA TEM VIDA CURTA'
Gerson
Tavares
Dilma
Rousseff cobrou “lealdade” dos aliados para uma campanha “que exigirá muito”. Pelo
menos foi o que ela disse em seu discurso na convenção do PSD que selou o apoio
à sua reeleição. Eis a afirmação da Dilma: “Engana-se quem defende a tese de
que não há compatibilidade entre a lealdade a política. Tem uma espécie de
esperteza que tem vida curta. A política que aprendi a praticar ao longo da
minha vida desde a minha juventude, que me levou inclusive à prisão, ela
implica em construir relações que sejam baseadas, como disse muito bem
Guilherme Afif Domingos (que é vice-governador de São Paulo e ministro da Micro
e Pequena Empresa) não em conveniências, mas em convicções”.
Claro
que este recado foi uma direta para o PTB, antigo aliado, que desembarcou de
seu projeto para apoiar a candidatura de Aécio Neves à Presidência. Mas como
nem só este caso está fazendo o esvaziamento do grupo, também tentou chamar
atenção de outros partidos, como o PR, que estão cobrando caro pelo apoio à
reeleição. Além do PSD, o PP, mesmo dividido, também anunciou ontem a adesão à
petista, mas ela já se preocupa com o esvaziamento da sua ‘tropa de choque’.
Mas,
voltando ao discurso da convenção do PSD, foi lá que a Dilma pediu serenidade
para que os aliados não aceitem “provocações que buscam rebaixar o nível do
debate, que buscam acirrar o antagonismo”. “Quem precisa fazer campanha
negativa é quem não tem projetos, quem não tem propostas para o País, quem não
tem o que mostrar”. Mas esqueceu a Dilma, que desde a época do Lula, o PT
sempre se aproveitou de feitos dos tempos de Itamar Franco para garantir a
governabilidade.
E
a coisa está tão séria que a Dilma falou: “Ninguém pode achar que encerrou a
mudança. Quem pode fazer mais é quem fez mais até agora, somente quem fez
transformações rápidas e profundas pode garantir um ciclo ainda mais amplo e
duradouro de mudanças”.
Pelo que deu para notar, a Dilma
esqueceu que Itamar Franco morreu e ainda espera que ele possa continuar com as
mudanças.
Acorda
Dilma!
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