terça-feira, 1 de julho de 2014

Será que Dilma trocou mentira por esperteza?



DILMA COBRA LEALDADE E DIZ

QUE ‘ESPERTEZA TEM VIDA CURTA'

Gerson Tavares









Dilma Rousseff cobrou “lealdade” dos aliados para uma campanha “que exigirá muito”. Pelo menos foi o que ela disse em seu discurso na convenção do PSD que selou o apoio à sua reeleição. Eis a afirmação da Dilma: “Engana-se quem defende a tese de que não há compatibilidade entre a lealdade a política. Tem uma espécie de esperteza que tem vida curta. A política que aprendi a praticar ao longo da minha vida desde a minha juventude, que me levou inclusive à prisão, ela implica em construir relações que sejam baseadas, como disse muito bem Guilherme Afif Domingos (que é vice-governador de São Paulo e ministro da Micro e Pequena Empresa) não em conveniências, mas em convicções”.

Claro que este recado foi uma direta para o PTB, antigo aliado, que desembarcou de seu projeto para apoiar a candidatura de Aécio Neves à Presidência. Mas como nem só este caso está fazendo o esvaziamento do grupo, também tentou chamar atenção de outros partidos, como o PR, que estão cobrando caro pelo apoio à reeleição. Além do PSD, o PP, mesmo dividido, também anunciou ontem a adesão à petista, mas ela já se preocupa com o esvaziamento da sua ‘tropa de choque’.

Mas, voltando ao discurso da convenção do PSD, foi lá que a Dilma pediu serenidade para que os aliados não aceitem “provocações que buscam rebaixar o nível do debate, que buscam acirrar o antagonismo”. “Quem precisa fazer campanha negativa é quem não tem projetos, quem não tem propostas para o País, quem não tem o que mostrar”. Mas esqueceu a Dilma, que desde a época do Lula, o PT sempre se aproveitou de feitos dos tempos de Itamar Franco para garantir a governabilidade.

E a coisa está tão séria que a Dilma falou: “Ninguém pode achar que encerrou a mudança. Quem pode fazer mais é quem fez mais até agora, somente quem fez transformações rápidas e profundas pode garantir um ciclo ainda mais amplo e duradouro de mudanças”.

Pelo que deu para notar, a Dilma esqueceu que Itamar Franco morreu e ainda espera que ele possa continuar com as mudanças.


Acorda Dilma!

Nenhum comentário: