sexta-feira, 25 de julho de 2014

Reforma urbana toma lugar de reforma agrária.


As coisas mudaram

Gerson Tavares
 









Lembram-se das manifestações que aconteceram em junho do ano passado? Pois elas estão quase no esquecimento do povo, mas pelo menos os políticos ainda pensam nelas e dizem que elas consolidam inversão de prioridades das diretrizes dos programas de governo que os candidatos à Presidência irão debater em suas campanhas.

Quase todos os candidatos estão preparando os seus pronunciamentos no crescimento e batendo na tecla dos problemas urbanos. Pelo menos são estas posições que podem ser notadas nos textos enviados ao Tribunal Superior Eleitoral pelos três principais postulantes à presidência.

Claro que esta posição não é do candidato e sim do seu marqueteiro que precisa vencer a eleição para mostrar serviço. Por isso os marqueteiros estão colocando as grandes manifestações de junho do ano passado, iniciadas como um protesto contra o preço das tarifas do transporte público e culminando em um clamor popular por uma reforma urbana, como ponto de apoio para a campanha.

E esta posição deixa transparecer uma situação que é muito preocupante para aqueles que pensam no futuro deste Brasil. Isso porque até a década de 1960, quando a bandeira da reforma agrária empolgava os partidos de esquerda no País e quando do governo de João Goulart, 55% dos brasileiros viviam em zonas rurais e hoje aquela população produtora está em torno de 16%. E para piorar ainda mais esta nossa preocupação, segundo o IBGE, a tendência é que ela fique mais reduzida nos próximos 30 anos.

Pelo que dá para sentir, todo este solo fértil que sempre foi o tesouro brasileiro, vai virar um solo abandonado e as cidades a cada dia mais assoladas por pessoas que chegam às cidades em busca do tesouro e acabam debaixo das marquises.

Mas o governo petista acabou com a ‘miséria’ e por este motivo, todas essas pessoas estão ali, dormindo ao relento, “é só por esporte”.

Mas que governinho mentiroso!

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