quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ex-diretor da Petrobrás é alvo de denúncia por fraude em contrato.

PETROBRAS, UM POÇO DE LAMA II


Gerson Tavares
 







Quem está pensando que só o TCU está de olho aberto para os roubos da Petrobras está redondamente enganado. Também o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro apresentou denúncia à 27.ª Vara Criminal da Capital contra o ex-diretor da Petrobrás Jorge Luiz Zelada, que até 2012 respondeu pela área internacional da empresa.

A acusação é de que ele teria favorecido a construtora Norberto Odebrecht em licitação para a prestação do serviço de desenvolvimento de um plano de ação de certificação na área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Como dá para ver, a Petrobras jogava em todas as posições e ainda chutava contra o próprio gol.

O contrato, assinado em setembro de 2010, somava US$ 825,66 milhões, para serviços a serem prestados em dez países. A lista incluía a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, cuja compra custou US$ 1,2 bilhão e é alvo de investigação. Além do Luiz Zelada, a denúncia envolve o diretor de Contratos da Odebrecht, Marco Antonio Duran, e sete funcionários e ex-funcionários da Petrobrás.

Se esta denúncia for aceita pela Justiça e houver condenação, os executivos podem pegar até 4 anos de prisão, pelo crime de fraude. Além disso, o Ministério Público pede a perda dos empregos públicos e pagamento de multa de 2% sobre o valor do contrato licitado, o que representa cerca de US$ 16 milhões. Mas será que para quem roubou tanto, só quatro anos se descanso, multa e perda do trabalho, não passa de um presente?

A denúncia tomou como base relatório de auditoria promovida pela própria Petrobrás, segundo informou em nota o Ministério Público. O caso foi divulgado em novembro pelo jornal "O Estado de São Paulo”, que teve acesso exclusivo às investigações internas da empresa petrolífera. Os documentos demonstravam, na época, que o contrato fechado pela estatal com a construtora envolvia a prestação de serviços em dez países e previa gastos para a Petrobrás até 1.654% superiores ao que a estatal teria, se contratasse o serviço em cada país onde seria executado.

Nos Estados Unidos, o contrato era destinado à refinaria de Pasadena, no Texas, adquirida pela Petrobrás em condições economicamente desvantajosas e que originou uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso e no Tribunal de Contas da União.

Claro que a Odebrecht afirma desconhecer as denúncias e, em nota oficial, afirmou que “o contrato foi resultado de licitação pública conquistado de forma legítima por menor preço, em total respeito à Lei”. Já a Petrobrás não apresentou nenhum posicionamento sobre o caso.

E a Dilma que sempre está com o ‘rabo no caminho’, ainda trouxe da Suiça o Blatter trazendo em sua comitiva uma enorme quadrilha.

Será que já não basta a quadrilha que está no governo?

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