sexta-feira, 18 de julho de 2014

Acusado no mensalão mineiro renuncia


CLÉSIO ANDRADE ESTÁ DODÓI

Gerson Tavares
 





Depois de ver que o Genoino acabou perdendo a chance de ficar em casa, livre dos problemas e só gastando 'a grana que roubou do povo', o acusado em processo do mensalão mineiro, um senador de Minas Gerais, que responde pelo nome de Clésio Andrade, tratou de renunciar ao mandato alegando problemas de saúde.

Foi assim que ele resolveu o seu problema maior e se vê livre para gastar a ‘grana suja que ganhou metendo a mão no bolso do povo'. Com a renúncia, a ação que o acusa de integrar um esquema de desvio de dinheiro público para abastecer a campanha eleitoral tucana em Minas de 1998 deve ser remetida do Supremo Tribunal Federal para a primeira instância da Justiça que já pode estar no esquema de ‘liberdade geral’.

Com a transferência do caso de Clésio para os tribunais estaduais, o Supremo, que condenou 25 acusados de integrar o mensalão federal, esquema petista no governo federal, não vai julgar nenhum processo criminal envolvendo o caso do PSDB. E pelo que fiquei sabendo, esta ‘retirada estratégica’ teve como causa a troca do comando do STF, que hoje já está nas mãos dos homens da Dilma. Sendo assim, a turma do ‘mensalão’ do PSDB terá ‘a forca como destino’.

Assim sendo, o Clésio em sua “carta-renúncia”, tratou de justificar o seu pedido usando antecipadamente o mesmo artifício que o Genoino usou ‘pós-condenação’ dizendo que estava renunciando ao mandato para cuidar da saúde.

Clésio respondia ao processo na Justiça mineira com 13 outros réus, incluindo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, já condenados por participação no mensalão federal.

Em 2011, o peemedebista assumiu no Senador a vaga de Eliseu Resende, do DEM mineiro, que havia falecido em 2 de janeiro daquele ano, e a ação foi desmembrada por conta do foro privilegiado do acusado. “Agora o processo certamente voltará à Justiça estadual. Ele vai perder o foro, como o Azeredo”, afirmou o promotor responsável pela acusação dos réus no Fórum Lafayette, João Medeiros, referindo-se ao ex-deputado federal Eduardo Azeredo, do PSDB-MG.

No STF, os advogados de Clésio, que é acusado de peculato e lavagem de dinheiro, tentaram trocar as testemunhas já arroladas no processo, alegando inclusive que uma das pessoas que queria incluir na ação seria “a que mais pode colaborar para a elucidação dos fatos”.


Com tantas dificuldades, Clésio e seus advogados resolveram que o melhor seria ‘ficar doente’ e assim trocar de ‘banca examinadora’. Pelo que deu para notar, para eles, lá no STF, só a ‘turma’ do governo vai levar vantagem. 

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