CLÉSIO ANDRADE ESTÁ DODÓI
Gerson Tavares
Depois de ver que o Genoino acabou perdendo a chance de ficar em casa, livre dos problemas e só gastando 'a grana que roubou do povo', o acusado em processo do mensalão
mineiro, um senador de Minas Gerais, que responde pelo nome de Clésio Andrade, tratou de renunciar ao mandato alegando problemas de saúde.
Foi assim que ele
resolveu o seu problema maior e se vê livre para gastar a ‘grana suja que
ganhou metendo a mão no bolso do povo'. Com a renúncia, a ação que o acusa de
integrar um esquema de desvio de dinheiro público para abastecer a campanha
eleitoral tucana em Minas de 1998 deve ser remetida do Supremo Tribunal Federal
para a primeira instância da Justiça que já pode estar no esquema de ‘liberdade
geral’.
Com a transferência do
caso de Clésio para os tribunais estaduais, o Supremo, que condenou 25 acusados
de integrar o mensalão federal, esquema petista no governo federal, não vai
julgar nenhum processo criminal envolvendo o caso do PSDB. E pelo que fiquei
sabendo, esta ‘retirada estratégica’ teve como causa a troca do comando do STF,
que hoje já está nas mãos dos homens da Dilma. Sendo assim, a turma do ‘mensalão’
do PSDB terá ‘a forca como destino’.
Assim sendo, o Clésio em
sua “carta-renúncia”, tratou de justificar o seu pedido usando antecipadamente
o mesmo artifício que o Genoino usou ‘pós-condenação’ dizendo que estava
renunciando ao mandato para cuidar da
saúde.
Clésio respondia ao
processo na Justiça mineira com 13 outros réus, incluindo o empresário Marcos
Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz,
já condenados por participação no mensalão federal.
Em 2011, o peemedebista
assumiu no Senador a vaga de Eliseu Resende, do DEM mineiro, que havia falecido
em 2 de janeiro daquele ano, e a ação foi desmembrada por conta do foro
privilegiado do acusado. “Agora o processo certamente voltará à Justiça
estadual. Ele vai perder o foro, como o Azeredo”, afirmou o promotor
responsável pela acusação dos réus no Fórum Lafayette, João Medeiros,
referindo-se ao ex-deputado federal Eduardo Azeredo, do PSDB-MG.
No STF, os advogados de
Clésio, que é acusado de peculato e lavagem de dinheiro, tentaram trocar as
testemunhas já arroladas no processo, alegando inclusive que uma das pessoas
que queria incluir na ação seria “a que mais pode colaborar para a elucidação
dos fatos”.
Com tantas dificuldades, Clésio e
seus advogados resolveram que o melhor seria ‘ficar doente’ e assim trocar de ‘banca
examinadora’. Pelo que deu para notar, para eles, lá no STF, só a ‘turma’ do
governo vai levar vantagem.
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