terça-feira, 29 de julho de 2014

José Jorge, que cuida do processo da Petrobras no TCU, sustenta que presidente não pode ser responsabilizada por prejuízos da Petrobrás na compra de refinaria.


RELATOR ISENTA DILMA

NO CASO PASADENA

Gerson Tavares
 







O Brasil é o País das sacanagens e o povo não está nem aí. Já há quem garanta que a presidente Dilma Rousseff e os demais integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás em 2006, ano da compra da primeira metade da refinaria de Pasadena, nos EUA, devem se livrar da responsabilidade pelos prejuízos e eventuais irregularidades relacionados ao negócio.

Esta ‘negociata’ começou a ser investigada em 2013 pelo Ministério Público, junto ao TCU, com base em reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”. Na reportagem o jornal revelava a discrepância entre o valor pago pela empresa belga Astra pela refinaria, em 2005, e o desembolso total efetuado pela Petrobrás pelo empreendimento.

E sem a menor vergonha, a turma que comanda a estatal diz que depois de uma longa disputa judicial, a Petrobras foi obrigada a ficar com 100% da refinaria, gastando mais de US$ 1,2 bilhão. Então, dando razão a todos que cobram respeito, a estatal admite que sofreu um prejuízo de US$ 530 milhões.

Mas o castigo sempre vem e prevalecendo o voto de José Jorge em plenário, dissipa-se assim, um foco de tensão na campanha pela reeleição de Dilma. E a oposição que apostava na permanência do desgaste da imagem presidencial caso ela fosse responsabilizada pelos prejuízos do negócio ‘está metendo a viola no saco’ e já pensa em tocar em outra freguesia.

Claro que os adversários da presidente pretendiam usar uma eventual responsabilização para minar a imagem de ‘boa gestora’ que Dilma vem tentando construir desde que passou a integrar o governo Luiz Inácio como ministra de Minas e Energia.

A compra da primeira parte da refinaria foi autorizada por Dilma quando ela já era chefe da Casa Civil do mesmo governo Lula e ainda era presidente do conselho da estatal. Mas a Dilma sempre vem com ‘desculpas esfarrapadas’ e justificou em nota ao jornal, que “seu voto favorável à compra foi baseado num ‘resumo técnico e falho’ que, se soubesse de cláusulas do contrato, não teria aprovado a aquisição”. E o resumo que a fez aprovar um negócio, estava assinado pelo então diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró. E ela diz agora que o resumo tinha somente duas páginas e meia.

Agora já tem gente tentando ver, que como presidente da República, quantas ‘merdas’ ela assinou sem ler e assim chegando  conclusão que a Dilma é uma irresponsável mesmo.

Mas o eleitor não se emenda e ainda pensa se deve ou não dar mais quatro anos para as "loucuras da Dilma".

Pobre Brasil! 

Nenhum comentário: