sexta-feira, 23 de abril de 2010

Serra e Dilma na TV




Antes da plástica
Dilma era até simpática com o Serra



Agora, já falando como candidatos à Presidência, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) fizeram quarta-feira ofensiva na TV com entrevistas a programas populares, nos quais falaram sobre plataformas de governo e responderam a críticas dos adversários.

Serra concedeu duas entrevistas a telejornais do SBT, durante os quais evitou criticar diretamente a gestão Lula, disse que a eleição presidencial "não é substituir, mas suceder" e afirmou que "não entra para combater nenhum governo". Propagou ainda o slogan “O Brasil pode mais”.

Serra teceu elogios ao ex-governador Aécio Neves (MG) dizendo que o mineiro "é uma carta dentro do baralho naquilo que é mais importante: travarmos a batalha eleitoral juntos, ele em Minas, como candidato a senador, e eu candidato a presidente". E defendeu novamente o mandato de cinco anos no Executivo: "A reeleição não deu muito certo”.

Voltou a falar sobre a vice: "Tenho boa saúde, mas você sempre tem de ter um reserva de categoria". Para ele, o cargo não tem o peso que se atribui "do ponto de vista eleitoral". Respondeu às críticas de Lula sobre a política externa de "vira-latas" que teria sido feita no passado. Citou a quebra de patentes da indústria farmacêutica quando ministro da Saúde como "a maior vitória diplomática dentro de um conflito que o Brasil já teve". As críticas mais duras, no entanto, ficaram para o Movimento dos Sem-Terra (MST). Para o tucano, trata-se de um movimento político, que "não tem apreço pela democracia" e usa a reforma agrária como pretexto.

Já Dilma Rousseff, em entrevista a José Luiz Datena, da Band, rebateu críticas de Serra ao PAC. "O Rodoanel faz parte do PAC. Paraisópolis, Heliópolis, tudo fez parte do PAC. Como que o PAC não existe?", declarou a ex-ministra. Em visita a Minas Gerais na segunda-feira, o tucano afirmara que o PAC é uma "lista de obras".

Datena fez perguntas sobre o nível da campanha. Lembrou das recentes trocas de farpas entre Dilma e Serra e perguntou o que a ministra quis dizer quando chamou o tucano de "biruta de aeroporto". "Por sete anos eles fizeram oposição e criticaram nossas propostas. Não é possível que o povo acredite que quem tanto nos criticou seja a favor dos nossos programas", disse. Dilma chegou a demonstrar nervosismo. Datena interrompeu o programa e sugeriu a ela que bebesse água. Aos poucos, a petista ficou mais à vontade.

Mas o que a Dilma finge não saber é que dinheiro para obras é obrigação do governo federal.

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