sexta-feira, 23 de abril de 2010

Eu já sabia



Gerson Tavares



Quando tem sindicalista envolvido em algum esquema, desconfie porque eles nunca fazem as coisas com seriedade. E quando vi que a pesquisa Sensus foi solicitada por um sindicato, logo escrevi. “Ai tem truta!”

E não deu outra. Quando a Justiça autorizou que o PSDB fosse até ao “instituto” para fazer verificações técnicas da pesquisa ficou o dito pelo não dito, só que a Sensus só divulgou o resultado da pesquisa, deixando no silêncio a ordem da Justiça e o resultado da investigação.

Agora o PSDB decidiu entrar com uma notícia-crime contra o Instituto Sensus no Ministério Público Eleitoral. Deverá ser aberta investigação contra o “instituto de pesquisa” por três crimes previstos na legislação: divulgação de pesquisa fraudulenta, divulgação de dados irregulares e obstrução à ação fiscalizatória de partido político. Cada uma das infrações prevê, caso confirmada, detenção de seis meses a um ano e multa. O sindicato que pediu a pesquisa é ligado à Força Sindical, aquele braço “pelego” comandado pelo “Paulinho da Força”, que nas horas vagas também responde como deputado federal. "Paulinho" é o Paulo Pereira de Silva, do PDT de São Paulo.

A decisão, que leva para a esfera penal uma polêmica até aqui tratada na área cível, foi tomada após análise de relatório produzido pelo próprio PSDB, que apontou cinco irregularidades em pesquisa divulgada pelo Sensus semana passada.

Com José Serra apontado na pesquisa com 32,7% e Dilma Rousseff com 32,4%, das pesquisas divulgadas até agora, esse foi o resultado mais apertado. No último sábado, o Datafolha mostrou Serra dez pontos percentuais à frente da petista, por 38% a 28% e a pesquisa do Ibope aponta uma diferença um pouco maior.

E assim, depois daquela farsa, espera-se que os petistas comecem a pensar mais um pouco antes de tentar qualquer outro “golpe baixo”.

Isso é uma vergonha!

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