terça-feira, 20 de abril de 2010

No sul o povo pensa




Gerson Tavares



Depois de tentar enganar os conterraneos mineiros, agora Dilma Rousseff tenta “levar no bico” os “enganados conterraneos” gaúchos. Ela quer dar uma especial atenção à região Sul, onde registra seu maior índice de rejeição e fez um fim de semana de retorno as bases.

E já que estava passando por lá, ela incluiu na sua agenda também programas junto ao universo empresarial. Ela sabe que existe nesta area uma grande preocupação com sua candidatura.

Embora eu não seja muito chegado a esse negócio de pesquisa, ví no jornal Valor na sexta-feira o resultado de uma que foi feita a pedido do conseituado jornal junto a 142 empresários, bastante representativos do mercado nacional. Foi mostrada a preferência do setor por José Serra, com 78%, contra 9% de Dilma. É bem verdade que por lá, “Bolsa Família” passa longe e assim não existe tanta possibilidade de compra de votos.

Como os entrevistados são pessoas que sabem até onde pode chegar a “loucura” dessa turma da “boquinha”, as justificativas dos entrevistados revelam o temor de que um eventual governo Dilma dê continuidade ao aumento dos gastos públicos que Lula não conseguiu travar. Por isso, a aparente contradição de aprovar o governo Lula (52%), mas anunciando o voto em Serra.

Imagina-se que, se eleito, uma das primeiras providências do ex-governador de São Paulo seria o anúncio de um ajuste fiscal para viabilizar investimentos em infra-estrutura. Dias atrás, a uma platéia de microempresários, Lula já indicava ter conhecimento dos receios do empresariado com Dilma, ao sustentar que o PT foi testado e não há mais razão para esse tipo de temor. Porem os empresários sabem que a coisa não é bem assim com os petistas de “goela grande”.

Os empresários e investidores traduzem o Estado forte de Lula e Dilma e que pode ser traduzido como Estado obeso. Para as pessoas que pensam, Lula, Dilma e companhia não estão comprometidos com resultados.

Para petista só o que interessa é se dar bem.

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