quinta-feira, 22 de abril de 2010

Depois da Petrobras, só Belo Monte




Veja o Xingu antes que acabe



Só perde para o crédito de R$ 25 bilhões que foi liberado para a Petrobras, que foi assinado em julho do ano passado. O financiamento que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá conceder ao consórcio Norte Energia, vencedor da disputa para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, será o segundo maior empréstimo da história da instituição.

O BNDES irá contratar um consórcio de agentes financeiros, que são bancos privados, para assumir parte dos riscos do financiamento à obra. Por lei, o banco está limitado a comprometer, no máximo, 25% de seu patrimônio de referência, que atualmente é de R$ 54 bilhões, num único projeto. Isso significa que o financiamento a Belo Monte não poderia ultrapassar R$ 13,5 bilhões, o que estaria em torno de 70% do orçamento total.

Mas o bancão no entanto, já anunciou que poderá financiar até 80% do projeto da usina, direta e indiretamente. Como o orçamento oficial é de R$ 19,6 bilhões, o porcentual corresponde a R$ 15,68 bilhões, deixando pouco mais de R$ 2 bilhões como risco para os agentes privados. Este excedente será financiado a um custo ligeiramente superior às condições já anunciadas pelo banco.

Enquanto isso o Xingu vai dando seus últimos suspiros.

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