quinta-feira, 22 de abril de 2010

Marqueteiros jogam pesado




Gerson Tavares



Depois que Dilma Rousseff resolveu assumir sua naturalidade mineira, ela foi bombardeada pelos partidos de oposição. Tinha gaúcho que jurava que iria votar em uma conterrânea, a “gauchona” Dilma e de uma hora para outra ela virou mineira desde criancinha.

Tudo porque ela viu que entre ser gaúcha e mineira poderia conseguir mais votos, com a verdadeira e sempre escondida naturalidade. E ela resolveu ir até Minas Gerais para tentar ganhar votos se “aliando” a adversário. E para garantir que é mineira de “boa cepa”, em sua primeira ida a Minas resolveu visitar em um ato de pré-campanha o túmulo do ex-presidente Tancredo Neves. Dilma Rousseff sentia que ali estava sua vitoria no segundo colégio eleitoral do país, embora nunca tivesse nem lembrado do político mineiro que foi renegado pelo PT.

E foi aí que não deu certo. Ela saiu de Minas sem esperança de conseguir votos por lá, mas marqueteiro é “bicho maldito” e ontem Dilma voltou ao tema Tancredo ao afirmar, em artigo público em seu site, que o governo Lula começou "a realizar o sonho de Tancredo Neves". No texto escrito pela “nova” mineira, agora até lembrando-se dos 25 anos da morte de Tancredo, Dilma diz que "nós, mineiros, sempre nos lembraremos dele pelo que disse no discurso de posse como governador de Minas Gerais, em 1983: -O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade -”.

Dilma que só nasceu em Belo Horizonte, construiu sua carreira política no Rio Grande do Sul, mas faz parte da estratégia de sua campanha, contudo, ressaltar suas origens mineiras. E em seu pensamento, falar de Tancredo pode levar o Aécio para o seu lado. Só falta mesmo oferecer a vice-presidência ao neto do antigo "renegado".

Segundo meu amigo “Zé Doidão”, depois dessas investidas da Dilma, é bem melhor, ver e ouvir isso, do que ser cego e surdo.

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