quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Será este, isto um “Feliz Natal?

Gerson Tavares

Quando falamos em felicidade, falamos em um bem comum. A felicidade de alguém só poderá existir, se as pessoas que a rodeiam estejam também felizes. É assim em nossa casa, em nosso trabalho, no clube que freqüentamos. Até na mesa de bar só estamos bem quando as pessoas que normalmente ali se encontram também estão bem.

E foi numa mesa do bar do Domingos, ali na Rua do Acre, próximo a Praça Mauá, que nesta terça-feira, em nossa confraternização de Natal, o grande ”filosofo” da Baixada Fluminense, meu amigo “Zé Doidão” começou a divagar pelos acontecimentos de 2009.

Falou do futebol, que para o Rio de Janeiro até não foi dos piores, falou dos amigos que partiram e já não estavam mais ali com a gente para tomar aquela “loura gelada”. Continuou a falar dos amigos que saíram a procura de novos caminhos, já que o Rio está ficando sem grandes opções para os profissionais. Lembrou do José Carlos Cataldi que está muito bem agora em São Paulo, lembrou que o José Silvério, que foi um frequentador assíduo do bar do Domingos e que hoje pouco sai da sua “ilha”, que por sorte não foi descoberta pelo governador Arruda.

Foi ai que o Zé Doidão começou a desfiar um verdadeiro rosário de desgraças do ano que está chegando ao fim. Passando por todos os desmandos do governo petista, mas que sempre foram encobertos pela turma do Lula. Os desmandos do próprio Lula que nuca soube de nada, nunca viu ou ouviu coisa alguma. Dos desmandos do Judiciário que ontem mesmo, na hora em que estamos ali no bar do Domingos, estava recebendo a “coroa de louros” com o Supremo Tribunal Federal suspendendo condenação e processo contra o Daniel Dantas. Afinal, Daniel Dantas é um “cidadão de bem”, segundo Gilmar Mendes.

Mesmo com os “papos” mais saudáveis que eram entremeados aos escândalos que Zé Doidão enumerava, o amigo caxiense não poderia deixar de falar do escândalo que serviu de “tabua de salvação” do Lula. Foi quando ele falou sobre o José Arruda, o “safardana” que chegou a garantir mudanças no Plano Diretor do Distrito Federal para faturar uma “grana”. Arruda esperava arrecadar com essas mudanças a “bagatela” de sessenta milhões de reais, mas muito frustrado teve que se contentar com “apenas” vinte milhões.

Mas como nós não fomos até ali para falar só de tristezas, o Zé Doidão resolveu falar que um prefeito de uma cidadezinha do interior do Pará, ofereceu um “cascalho” para que a sua Escola de Samba, a “Desunidos do Lote XV” fizesse o enredo de 2010 sobre o segundo aniversário de seu governo, mas como os vereadores e o secretário do prefeito queriam ficar com 60% da verba, ele resolveu mandar os políticos para o inferno e resolveu que o enredo vai ser mesmo o que já estava escolhido: “Enquanto come caviar, Lula deixa o povo na merda para garantir votos na próxima eleição”.

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