A coisa vem de longe

Gerson Tavares

Hoje é um “dia histórico” na política brasileira. Que levantou essa “bola” foi o meu amigo “Zé Doidão”. Há exatamente 72 anos atrás, o presidente Getúlio Vargas dava início a uma “nova era” política no Brasil.

Como estávamos em regime de “ditadura” as coisas aconteciam por decreto. É mais ou menos como hoje, quando o Lula baixa as suas “Medidas Provisórias”. E como Lula, Getúlio também era metido a ser o todo poderoso, se bem que no caso do “Gegê”, ela assumia sua posição de dono do território.

Mas como eu dizendo, foi num dia 30 de dezembro que o decreto de Vargas transformava os partidos políticos em “sociedades culturais” e “beneficentes”. E já tem gente perguntando por que falei em “dia histórico” e eu respondo.

“Dia histórico” porque foi aí que tudo começou e até hoje, os partidos não passam de “instituições beneficentes”. É ali que os políticos e politiqueiros encontram respaldo para fazerem as suas “tramóias” e nada acontece. É ali que eles vão aprender a “como fazer trambiques”. É ali que tudo acontece como se fosse uma instituição de caridade.

Em relação à “sociedade cultural”, ai já são outros quinhentos. “Cultura” não é o forte dos políticos, principalmente depois que um “analfabeto” (parafraseando Caetano) se transformou em presidente da República.

Mas uma coisa é certa: Se essa baderna existe na política, a culpa é do Getúlio Vargas.