segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fechando o ano




Gerson Tavares



Como sempre no último sábado do ano eu me reúno com os amigos para um levantamento do ano que passou, seus acertos e seus erros, estes em um número bem maior que aqueles. Mas como nem só de passado vive o homem, falamos também daquilo que esperamos que aconteça no ano que se aproxima e, que, neste caso é o 2010, ano de eleição para a presidência da República.

E por falar em presidência, o “companheiro” “Zé Doidão” depois de passar pelo plantão desastroso do Gilmar Mendes no STF, entrando na política, falou que se estamos mal de políticos, a tendência é que tenhamos mais um incompetente para o próximo mandato. E foi logo explanando sua opinião. Disse ele: “Eu não culpo os políticos pela situação que estamos vivendo nos dias de hoje. Se existe culpado nisso tudo, ele é o povo”. Depois de mais uma boa golada da geladinha, ele voltou a sua filosofia: “O político sai do povo e se o nosso povo é corrupto, como podemos exigir que o político não o seja? Quando alguém é candidato a algum cargo político, as pessoas já sabem daquilo que ele será capaz”.

E todos que estavam ali, em volta, foram unânimes que o Zé Doidão não falava nenhuma novidade. Corrupto é o povo, até porque, o eleitor já elege aquele que vai lhe dar vantagem. O povo não está preocupado com o futuro, porque para ele só interessa o agora. Ele quer boa vida, ele quer samba, futebol e cerveja, o resto é só um detalhe.

E assim fechamos o ano com a triste certeza que mais uma vez o país será massacrado pelo “voto trocado”. Trocado por uma “Bolsa Família”, por uma “Bolsa qualquer coisa”, ou até mesmo, por uma vaga de cabo-eleitoral profissional.

Mas num país onde o eleitor vende ou troca seu voto, que se pode exigir de político?

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