terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ele é o “Deus” que quer dominar
a política brasileira




Gerson Tavares


Pelo que li em reportagem de Tatiana Farah, no jornal “O Globo” deste domingo, se nós bobearmos, o Edir vira Deus. Ele já tem uma Igreja, já tem uma rede de televisão, já tem jornal, já tem editora, gravadora e agora quer ter um governo. Pelo menos é o que ele deixa a entender quando fala sobre o futuro.

Ele diz que Deus, aliás, se notarem bem, ele fala em nome de Deus com tanta intimidade, que nem pede licença para ser seu porta-voz, mas ele diz, que Deus tem um plano político para os fieis da Igreja Universal do reino de Deus e para os evangélicos que sejam seus aliados.

Edir Macedo usa uma leitura do Antigo Testamento, para incitar os evangélicos a uma mobilização partidária, seguindo o “projeto de nação”, que segundo ele, seria o sonho de Deus para os hebreus. Por isso, faltando duas semanas para realização das eleições municipais, Edir Macedo, lança um livro que tem como co-autor, Carlos Oliveira e que recebeu o título de “Plano de Poder”. Segundo Edir, que auto se denomina “bispo”, tudo e uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. Diz que nunca como agora, foi tão oportuno chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional.

Não faz muito tempo estive conversando com um membro da igreja do Macedo e ele falou que os cristãos da IURD estão sobre todos os outros evangélicos. Quando retruquei que entre as igrejas cristãs não havia encontrado nenhuma referência à igreja do Edir Macedo, ouvi como resposta que “ela” é a maior de todas. Como cada um fala o que quer, ouvi aquilo e deixei que ele continuasse na ignorância religiosa que aceita como verdade. E pensei; Esta é a razão pela qual “Jesus”, quer dizer, Crivella, é candidato a prefeito do Rio.

Mas agora vejo porque essas pessoas acreditam tanto no Edir. Ele além de prometer o céu, já está também prometendo também a terra, que dizer, prometendo o governo. Afinal, uma “religião” que tem como meta ir mais além, como a do Edir, tem algum “poder maior”. Segundo Edir, os evangélicos já somam, no país, a casa dos quarenta milhões e este potencial numérico pode decidir uma eleição em qualquer escalão, até mesmo, federal.

Assim como ele caminhou por varias vertentes até criar a sua, muito breve, se dermos bobeira, ele assume de vez o país.

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