quarta-feira, 17 de setembro de 2008



Depoimentos contraditórios na CPI das Milícias




CPI das Milícias colhe mais dois depoimentos


RIO - Dois acusados pela Polícia Civil de chefiar favelas diferentes no bairro da Praça Seca, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, prestaram depoimento ontem à CPI das Milícias na Assembléia Legislativa do Rio. Por culpa do “Supremo”, eles são dois candidatos à Câmara dos vereadores nesta eleição que se aproxima. Um é o já vereador Luiz André Ferreira da Silva (PR), o Deco, candidato a reeleição e o outro, é candidato a vereador Luiz Monteiro da Silva (PTC), o Doen. Eles negaram as acusações e disseram que só sabem da existência de milícia em Jacarepaguá através da mídia. Para o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (Psol), os dois depoimentos foram contraditórios. “Os dois depoimentos tiveram muitas contradições. Eles não conseguiram explicar seus bens incompatíveis ao que ganham. Saio convencido de que existe milícia e ela está dividida entre estes dois”, disse Freixo, presidente da comissão.

Deco é investigado por homicídio. Ele é acusado de ser o mandante dos assassinatos de André Luis Soares de Oliveira e Carlos Alberto Alves Saviano. Ele negou envolvimento com o crime e também não soube explicar o patrimônio de 173 mil reais declarado à Justiça Eleitoral e disse não conhecer o Doen. Já Doen, um sargento da Polícia Militar, disse ter feito campanha para o vereador Deco em 2004. Ao explicar seu patrimônio declarado de cerca de 250 mil reais, o candidato a vereador alegou recebimento de aluguel de 22 quitinetes e serviços de segurança particular.

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