VOTOU NELA?
Gerson Tavares
Na sexta-feira comecei a falar sobre o rombo que os roubos estão causando aos cofres públicos, mas para o governo esse rombo só existe porque o povo recebe muitos “benefícios” e não porque acontece uma desenfreada ladroagem que a quadrilha petista executa como ninguém.
E é exatamente por falar em “benefícios” que o governo quer
mostrar que do total de benefícios praticados pela Previdência, 18% são por
invalidez. Então, a Dilma, aquela que conseguiu vencer as eleições do ano
passado por falar que seu adversário iria acabar com as vantagens daqueles que
dependem da Previdência para viver e com aquela cantilena induziu ao eleitor o “voto
de defesa”. Esse "papo" de voto de defesa queria dizer que a Dilma era a solucão dos problemas da população, mas que na verdade se fez uma solução que só resolveu até agora a vida da "quadrilha".
Só agora o eleitor descobriu que essa Dilma, depois de eleita, resolveu que seu
governo tem que baixar ao nível “aceitável” de 10% os benefícios daqueles que dependem da Previdência. O plano da Dilma é cortar
em 40% o total desses benefícios até 2024, isso com a desculpa que esse massacre vai resultar em economia
de R$ 20 bilhões no último ano. E assim, em uma década, haveria economia de R$
108 bilhões aos cofres públicos. Isso quer dizer que os políticos poderão roubar R$
100 bilhões que ninguém vai notar nada. Assim o governo quer executar o primeiro golpe do
segundo mandato da “guerrilheira”.
Mas agora vejamos como tudo irá acontecer. Como exemplo,
para ter êxito após uma determinada cirurgia, o beneficiário passará a ser
acompanhado. Se não for possível voltar à função original, a empresa indicará
outro posto compatível com o salário e a qualificação, respeitando as
limitações físicas e de aptidão. Mais uma vez lembro o caso do Luiz Inácio, que
por perder um dedinho, para mais nada deu na
vida e então foi ser presidente da República. Mas nesse caso, foram bem
analisadas as limitações e aptidão. Pelo que me disseram pessoas que conheceram
o caso de perto, as limitações do Inácio eram totais e a aptidão, bem, nesse caso, o "cara" é um
inapto para qualquer serviço sério desde que nasceu.
Mas voltando ao governo, na avaliação das pessoas que fazem
parte do “desgoverno Dilma Rousseff”, mesmo em casos mais graves, seria
possível reduzir os custos. Seria pago auxílio-acidente, benefício de curta
duração e valor bem menor que aposentadorias por invalidez e auxílios-doença. E
ainda falam de boca cheia: “Todo mundo ganha. O trabalhador continua a contribuir,
recebe um benefício, ainda que menor, e o soma ao salário”. Esse foi o resumo do
secretário de Políticas de Previdência, Leonardo Rolim. Ele só esqueceu-se de
falar que “todos ganham, mas só alguns irão levar vantagens, já que todo o
dinheiro que sobrar, eles estarão sempre por perto prontos para roubarem”.
E entre as mudanças que irão acontecer, a Previdência busca
meios para apertar as regras de concessão de auxílios-doença e invalidez, cujas
despesas atingiram R$ 65,4 bilhões em 2013. O foco é reduzir os auxílios de
longa duração, cuja despesa somaria atualmente R$$ 7 bilhões anuais.
Já para a reabilitação, as normas sob avaliação de um grupo
interministerial, vão incorporar, segundo informou o Ministério da Previdência,
o chamado Plano de Reabilitação Integral. A partir da recomendação da perícia
médica do INSS, o beneficiário fará uma reabilitação física e profissional
conjunta. A situação seria reavaliada a cada dois anos.
Já em relação à invalidez, como do total de benefícios
concedidos todo ano, 18% são por essa causa, o governo quer baixar ao nível
“aceitável” de 10% do total, índice semelhante ao imposto pela União Europeia à
Grécia após a crise que quebrou o país. Será que o Brasil já quebrou?
As regras para liberar pensões vão ficar mais duras. Benefício
que custa 3% do Produto Interno Bruto ao País em todos os regimes
previdenciários, as pensões por morte devem ter suas normas alteradas muito breve.
Consideradas em recente estudo do Banco Mundial como as regras mais favoráveis
do mundo, o modelo brasileiro tem contribuído bastante com os históricos de
grandes déficits da Previdência. O país gasta R$ 140 bilhões por ano com essas
pensões.
Um dos alvos preferenciais do governo na reforma das regras
é a concessão vitalícia pelo limite máximo do benefício (hoje em R$ 4.390
mensais) mediante o pagamento de uma única contribuição.
Por hoje estou parando aqui. Mas volto ao assunto e naquele
ponto que eu considero o maior crime da Dilma contra as mulheres. Ela está
colocando as mulheres viúvas numa situação de penúria. Mas isso é assunto para
outro dia.
Chega de Dilma por hoje. Afinal, de coisa ruim o povo já
está cansado.
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