segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

VOTOU NELA? 

Gerson Tavares
 



Na sexta-feira comecei a falar sobre o rombo que os roubos estão causando aos cofres públicos, mas para o governo esse rombo só existe porque o povo recebe muitos “benefícios” e não porque acontece uma desenfreada ladroagem que a quadrilha petista executa como ninguém.

E é exatamente por falar em “benefícios” que o governo quer mostrar que do total de benefícios praticados pela Previdência, 18% são por invalidez. Então, a Dilma, aquela que conseguiu vencer as eleições do ano passado por falar que seu adversário iria acabar com as vantagens daqueles que dependem da Previdência para viver e com aquela cantilena induziu ao eleitor o “voto de defesa”. Esse "papo" de voto de defesa queria dizer que a Dilma era a solucão dos problemas da população, mas que na verdade se fez uma solução que só resolveu até agora a vida da "quadrilha".

Só agora o eleitor descobriu que essa Dilma, depois de eleita, resolveu que seu governo tem que baixar ao nível “aceitável” de 10% os benefícios daqueles que dependem da Previdência. O plano da Dilma é cortar em 40% o total desses benefícios até 2024, isso com a desculpa que esse massacre vai resultar em economia de R$ 20 bilhões no último ano. E assim, em uma década, haveria economia de R$ 108 bilhões aos cofres públicos. Isso quer dizer que os políticos poderão roubar R$ 100 bilhões que ninguém vai notar nada. Assim o governo quer executar o primeiro golpe do segundo mandato da “guerrilheira”.

Mas agora vejamos como tudo irá acontecer. Como exemplo, para ter êxito após uma determinada cirurgia, o beneficiário passará a ser acompanhado. Se não for possível voltar à função original, a empresa indicará outro posto compatível com o salário e a qualificação, respeitando as limitações físicas e de aptidão. Mais uma vez lembro o caso do Luiz Inácio, que por perder um dedinho, para mais nada deu na vida e então foi ser presidente da República. Mas nesse caso, foram bem analisadas as limitações e aptidão. Pelo que me disseram pessoas que conheceram o caso de perto, as limitações do Inácio eram totais e a aptidão, bem, nesse caso, o "cara" é um inapto para qualquer serviço sério desde que nasceu.

Mas voltando ao governo, na avaliação das pessoas que fazem parte do “desgoverno Dilma Rousseff”, mesmo em casos mais graves, seria possível reduzir os custos. Seria pago auxílio-acidente, benefício de curta duração e valor bem menor que aposentadorias por invalidez e auxílios-doença. E ainda falam de boca cheia: “Todo mundo ganha. O trabalhador continua a contribuir, recebe um benefício, ainda que menor, e o soma ao salário”. Esse foi o resumo do secretário de Políticas de Previdência, Leonardo Rolim. Ele só esqueceu-se de falar que “todos ganham, mas só alguns irão levar vantagens, já que todo o dinheiro que sobrar, eles estarão sempre por perto prontos para roubarem”.

E entre as mudanças que irão acontecer, a Previdência busca meios para apertar as regras de concessão de auxílios-doença e invalidez, cujas despesas atingiram R$ 65,4 bilhões em 2013. O foco é reduzir os auxílios de longa duração, cuja despesa somaria atualmente R$$ 7 bilhões anuais.

Já para a reabilitação, as normas sob avaliação de um grupo interministerial, vão incorporar, segundo informou o Ministério da Previdência, o chamado Plano de Reabilitação Integral. A partir da recomendação da perícia médica do INSS, o beneficiário fará uma reabilitação física e profissional conjunta. A situação seria reavaliada a cada dois anos.

Já em relação à invalidez, como do total de benefícios concedidos todo ano, 18% são por essa causa, o governo quer baixar ao nível “aceitável” de 10% do total, índice semelhante ao imposto pela União Europeia à Grécia após a crise que quebrou o país. Será que o Brasil já quebrou?

As regras para liberar pensões vão ficar mais duras. Benefício que custa 3% do Produto Interno Bruto ao País em todos os regimes previdenciários, as pensões por morte devem ter suas normas alteradas muito breve. Consideradas em recente estudo do Banco Mundial como as regras mais favoráveis do mundo, o modelo brasileiro tem contribuído bastante com os históricos de grandes déficits da Previdência. O país gasta R$ 140 bilhões por ano com essas pensões.

Um dos alvos preferenciais do governo na reforma das regras é a concessão vitalícia pelo limite máximo do benefício (hoje em R$ 4.390 mensais) mediante o pagamento de uma única contribuição.

Por hoje estou parando aqui. Mas volto ao assunto e naquele ponto que eu considero o maior crime da Dilma contra as mulheres. Ela está colocando as mulheres viúvas numa situação de penúria. Mas isso é assunto para outro dia.


Chega de Dilma por hoje. Afinal, de coisa ruim o povo já está cansado.

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