sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Militares  endurecem  reação 

ao governo 

 Gerson Tavares
 





Dilma está metida em camisa de sete varas. E assim sendo, não será fácil para os comandantes militares resolverem o imbróglio criado por ela, que achou por bem punir todos os militares que assinaram o manifesto "Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão".

Esse manifesto endossa as críticas a presidente que não teve peito para censurar suas “ministras” que pediram a revogação da lei de anistia. Dilma sabe melhor que ninguém que esse ato de “revogação da lei de anistia” não passaria de um golpe e ela, que se diz sempre “contra golpe”, não poderia deixar que essa turma tresloucada insuflasse mais um golpe no País.

Com isso acontecendo, nesse novo documento os militares colocaram que não reconhecem a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim, que realmente não tem a menor afinidade com as Forças Armadas. Mas para mostrar que essa “Comissão Verdade” só mexeu em “vespeiro”, inicialmente o manifesto tinha 98 assinaturas e logo após terem tomando conhecimento da decisão de puni-los, o número de seguidores subiu para 235, número que deverá subir e muito. Agora são três os generais de exército da reserva que assinaram o manifesto e um deles é o ex-ministro do Superior Tribunal Militar, Valdésio Guilherme de Figueiredo, adicionando um ingrediente político à lista, não só pelo posto que ocupou, mas também como antigo integrante da Corte Militar, tem pleno conhecimento de como seus pares julgam neste caso.

No primeiro dia do ano o Ministério da Defesa passou o dia discutindo com que base legal os militares podem ser punidos. Isso porque o Celso Amorim não tem noção de hierarquia militar e então está mais perdido que cego em tiroteio. Foi então que o Amorim começou a marcar reuniões com os comandantes militares.

E claro que existem mil divergências de como aplicar as punições. O Ministério da Defesa entende que houve "ofensa à autoridade da cadeia de comando", incluindo aí a presidente Dilma e o ministro da Defesa. E o Amorim vem endossando esta tese e alimentando a presidente com estas informações e “fazendo a maior fofoca” para ganhar a guerra. Ele entende que os militares não estão emitindo opiniões na nota, mas sim atacando e criticando seus superiores hierárquicos, o que é crime, de acordo com o Estatuto dos Militares.

Mas isso é opinião de uma pessoa leiga no assunto, mas para os comandantes que são militares, há diferentes pontos de vista sobre a lei 7.524, de 17 de julho de 1986, assinada pelo ex-presidente José Sarney, que diz que os militares da reserva podem se manifestar politicamente e não estão sujeitos a reprimendas. No artigo primeiro da lei está escrito que "respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público". Mas o Amorim, além de leigo no assunto “militarismo”, não conhece nenhuma lei que seja contra aquilo que ele pensa.

Este "ponto zero" entre as legislações, de acordo com informações obtidas junto a militares, poderá levar os comandantes a serem processados até mesmo por "danos morais", quando aplicarem a punição de repreensão, determinada por Dilma. Nos comandos, há a preocupação, ainda, com o fato de que a lista de adeptos do manifesto só cresce, o que faria com que este tema virasse uma bola da neve.

Há quem acredite que o assunto poderia ser resolvido de outra forma, a partir de uma conversa da presidente com os comandantes militares, diretamente, para que fosse costurada uma saída política para este imbróglio que, na avaliação da caserna, parece não ter fim, já que a determinação do Planalto é de que todos que já assinaram e que venham ainda a aderir ao manifesto sejam punidos.

Dilma parece que, como todo e qualquer deslumbrado, não se lembra do passado. Para o povo isso poderá ser a salvação, já que uma “mexida” agora poderia ser uma grande tacada nesse jogo de sinuca "quase" político. 

Por tudo isso eu vou levantar a bandeira: ACORDA BRASIL! A VIRADA PODE ESTAR PRÓXIMA!



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