DILMA SÓ QUERIA SOLTAR
GENOINO
Gerson Tavares
A edição extra do Diário Oficial da União publicada na
quarta-feira, dia 24 de dezembro, trouxe um decreto assinado pela presidente da
República, Dilma Rousseff, que concedia indulto natalino a presos que obedecem
aos critérios relativos a tempo de pena e comportamento.
Como o decreto tinha um endereço certo, a defesa do
ex-deputado, ex-presidente do PT e atualmente “bandido” José Genoino, tratou
logo de estudar o decreto para pedir que o benefício seja aplicado ao condenado
no julgamento do mensalão.
Mas o que mais chama a atenção nesse indulto é o fato que ele é um “perdão”
e não um prêmio de saída para que o presidiário passe o Natal com a família. Esse
indulto dá liberdade “geral e irrestrita” e faz com que o restante da pena não
seja cumprido nunca mais. E como as regras para concessão do benefício são definidas pelo
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Genoino tratou de
segurar com unhas e dentes a vantagem de ficar livre e solto de verdade, sem medo de um dia ter que voltar ao "xilindró" por aquele crime que praticou. Claro que outros poderão ainda trazer dor de cabeça, mas aí já é uma outra estória.
Vejam que foi tudo tramado para libertar de vez a “quadrilha
petista”. Podem ser beneficiados, por exemplo, presos em regime aberto ou
domiciliar, desde que faltem oito anos ou menos para terminar a pena e eles
tenham cumprido, no mínimo, um terço da punição. Presos com doenças graves
comprovadas por atestado médico também são potenciais beneficiários. E foi assim que
Genoino viu que ele estava cercado de liberdade por todos os lados. Afinal, além
de “preso solto” ele ainda é um “doente terminal”. Mas, caramba, como esse "terminal" custa a chegar.
Claro é que o indulto não chega assim, de forma automática.
A defesa do condenado deve fazer um pedido à Justiça, mostrando que ele cumpre os
critérios fixados pelo decreto. A partir daí, cabe ao Judiciário decidir se
concede ou não o benefício.
Então, o Genoino, que foi condenado pelo Supremo Tribunal
Federal no processo do mensalão por corrupção e teve a sua pena fixada em 4
anos e 8 meses e atualmente está em regime aberto porque já cumpriu um quarto
do tempo total da pena, está certo que a liberdade é seu destino.
Assim é mole roubar. Rouba e não paga. E para piorar ainda
fica rindo do povo.
É mole ou quer mais?
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