“Bandidos” levam vantagem

com o governo Lula

Gerson Tavares

Depois de assistirmos horrorizados os desmandos dos membros do MST ao tomar de assalto uma fazenda em São Paulo, onde, além de destruírem plantação de laranja derrubando mais de sete mil laranjeiras, também destruíram bens moveis e imóveis de uma fazenda produtiva, ficamos sabendo que, em ofício encaminhado na quarta-feira à Câmara, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, confirmou o repasse de cerca de 115 milhões de reais do governo federal nos últimos cinco anos a entidades do campo, o que quer dizer, entidades ligadas ao Movimento dos Sem-Terra, o “famigerado MST.

Cassel, muito esperto, não confirma no ofício a ligação das Organizações Não Governamentais, as também “famigeradas” ONGs com o movimento. Ele apenas descreve os valores repassados a cada uma entre 2004 e 2008. Este ofício foi uma resposta ao pedido de informações encaminhado ao ministro pelo líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado, lá no início de abril.

Só agora, seis meses depois, o ministro respondeu aos questionamentos do líder na Câmara, embora a legislação recomende o prazo de um mês para o envio das informações à Câmara. E Caiado ficou irritado, pois Cassel não mencionou o suposto vínculo das entidades com o MST, coisa que está bem clara para qualquer pessoa. E não podemos esquecer que a legislação brasileira impede o repasse de recursos públicos para entidades que, direta ou indiretamente, colaboram, incentivam ou incitam a invasão de imóveis rurais ou de bens públicos.

Caiado foi muito feliz ao aproveitar a destruição dos laranjais pelos “bandidos” do MST e disse que Cassel tem a maior plantação de laranja dentro do seu ministério. Disse que todo o dinheiro público está saindo através dessas “entidades laranja” para financiar o MST.

Essas siglas sempre causam certa desconfiança. Já não sei se existe diferença entre MST e PCC, PV, ADA e ainda outros grupos.

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