terça-feira, 20 de outubro de 2009

Meu pobre dinheirinho


Gerson Tavares

Todo mundo sabe que político não tem vergonha. Ele faz as maiores “falcatruas” e finge que nem está aí. Então seria hora de gente honesta começar a olhar as coisas absurdas que estão acontecendo, principalmente por parte do Lula, que sem a menor cerimônia usa a maquina federal para fazer campanha da sua “menina dos olhos”, Dilma Rousseff. A última que se tem notícia foi o “vôo da alegria” para “ver” as obras de transposição do São Francisco.

Na quarta-feira passada, sem citar valores ou casos específicos, o Tribunal de Contas da União aprovou dois acórdãos cobrando do Senado e da Câmara a devolução aos cofres públicos do dinheiro da chamada “farra aérea”, aquela que distribuiu passagens pra todo mundo, mas transferiu ao próprio Congresso a tarefa de investigar os desvios e, se for o caso, adotar as providências.

Quanto a aprovar acórdãos achei perfeito, mas transferir aos próprios beneficiados a fiscalização é o mesmo que “colocar raposa tomando conta de galinheiro”.

As duas decisões do Tribunal foram relatadas pelo ministro Raimundo Carreiro. E bom lembrar que esse ministro foi indicado para o posto pelo Senado, Casa onde ocupou por 12 anos o cargo de secretário-geral da Mesa. Ele, que deve estar a serviço dos “patrões senadores”, recusou várias recomendações da área técnica do TCU, que sugeria medidas mais duras contra senadores e deputados.

Os relatórios técnicos que embasaram os acórdãos listam exemplos de lideranças partidárias das duas Casas que usaram suas cotas aéreas para emitir bilhetes para viagens com familiares para destinos turísticos na Europa, na América do Norte e na Argentina.

Foram citados casos no texto, como o do presidente da Câmara, Michel Temer, que usou sua cota para viagem de turismo a Porto Seguro (BA), o do ministro das Comunicações e senador licenciado, Hélio Costa, que viajou com a família para férias em Miami usando a cota de seu suplente, Wellington Salgado (PMDB-MG), e o do deputado Fábio Faria (PMN-RN), que usou o dinheiro da Câmara para presentear a então namorada, a apresentadora Adriane Galisteu, com uma viagem para Natal.

Aquele escândalo, que ficou conhecido como a "farra das passagens aéreas", foi divulgado no primeiro semestre, inicialmente pelo site “Congresso em Foco” e envolveu políticos de vários partidos, mas não resultou em nenhuma punição até agora. Na ocasião, o argumento dos congressistas foi o de que não havia, entre as normas que regulavam o uso da cota, uma vedação explícita à prática.

Agora, com a eleição chegando, com o Lula precisando eleger gente da sua confiança para o seu lugar e ninguém melhor que Dima para isso, se o TCU não condenar aqueles “safardanas” desses dois acórdãos, vai ser a “farra do boi” até outubro de 2010.

“Segura peão!”.



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