terça-feira, 14 de abril de 2009

Greve pela vida





A Supervia não atende
pedidos de manutenção
de equipamentos





RIO – A greve dos trens da Supervia, a concessionária dos transportes ferroviários da cidade do Rio de Janeiro que começou ontem, continua hoje e sem ia de termino. Os maquinistas da Supervia entraram em greve, não reivindicando aumento de salários, mas reivindicando melhores condições de trabalho e segurança, para os profissionais e clientes que hoje viajam nos trens.

Segundo os profissionais da classe, o dissídio coletivo da categoria acontecerá em maio, por tanto, quando a concessionária fala em greve por aumento, ela está querendo jogar a população contra os profissionais que só estão procurando zelar por vidas.

A greve será por tempo indeterminado até que a atual diretoria se reúna com a comissão de greve e o sindicato para negociação.

Através de e-mail, um profissional denuncia os abusos da Supervia, que não está mantendo a manutenção do equipamento de trabalho dos profissionais. A Supervia recebeu a menos de três anos, vinte trens da Série 2005. Estas composições foram compradas na Coréia pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, isto quer dizer, com o dinheiro do povo. Ainda segundo este profissional, a empresa não faz nenhum investimento na área além de ter suspendido o pouco que vinha fazendo.


Pois parte dessas unidades se encontram na Oficina de Deodoro (COU-8), completamente sucateadas, colocando cada vez mais a população sem transporte porque a empresa se recusa a tirar peças de reposição de seu almoxarifado alegando controle de orçamento. Hoje por conta desta limitação os trens estão circulando todos engatilhados, com pendência de motor, sinalização deficitária, e algumas unidades com deficiência de freio.

Os profissionais agora pedem que a imprensa faça o seu papel divulgando o perigo de vida que não só eles, profissionais, mas todos os usuários estão correndo a cada vez que viajam nas composições da Supervia. Eles dizem que é necessário que todos tenham amor à vida, pois a direção da Supervia já perdeu a noção disso.

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