Governar para eleger

Gerson Tavares

Eleição chegando e já é hora de começar a troca dos votos. Qualquer coisa vale um voto. É assim que estamos vendo o caso do preço da gasolina. José Gabrielli, presidente da Petrobras, foi muito franco quando disse que o preço da gasolina não pode ter apenas critérios empresariais, mas também tem que atender os critérios políticos.

Quando todos pensavam que o presidente da República iria dar um puxão de orelha no diretor da estatal, o Lula não só confirmou as declarações de Gabrielli, como falou que o governo está estudando baixar os preços dos combustíveis e Gabrielli, na certeza que tem o aval do presidente, falou para que todos entendessem: “A decisão nunca é política só, nem só econômica. São sempre as duas coisas”.

E assim, o petróleo, que teve o preço do barril em alta e subiu o preço nas bombas, que teve o preço do barril em baixa e o preço permaneceu alto nas bombas e agora, com a crise, está em alta no barril, deve cair nas bombas para graça de Dilma Rousseff que garante assim uma campanha para a presidência nas eleições de 2010, bem mais tranqüila.

O que não se faz para eleger uma “companheira”?