A Vaccarezza pode ir pro brejo

Gerson Tavares

“Aqui se faz aqui se paga”. “Tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia ele se quebra”. Esses são alguns dos velhos ditados que cansei de ouvir durante meus muitos anos de vida. E entre tantos tem um que eu gosto muito de usar que aquele que diz que “A vaca foi pro brejo com bezerro e tudo”.

E é pensando nessa vaca que eu resolvi falar da luta que vai ter o Cândido Vaccarezza daqui para frente no intuito de se livrar do Ministério Público Eleitoral de São Paulo, que já requereu ao Tribunal Superior Eleitoral –TSE- a cassação do mandato do deputado, que é líder do PT, o Partido dos Traidores na Câmara, sob acusação de arrecadação ilícita na campanha de 2010.

Junto ao Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo, a procuradoria havia perdido a ação, mas decidiu levar o caso ao TSE por meio de recurso. A relatora do caso é a ministra Nancy Andrighi e agora o negtócio é esperar para ver o resultado.

Tudo isso acontece porque a procuradoria apurou que Vaccarezza pegou recursos da UTC Engenharia S.A., no valor de R$ 200 mil, e outros R$ 150 mil da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisas (Interfarma).

Claro que o político sabe, mas sempre se finge de morto para poder comer o coveiro. Está lá no artigo 24 da Lei 9.504/97 -Lei Eleitoral- que é vetada doação de entidade de classe e de concessionária de serviço público.

O MPE/SP argumenta que a Interfarma reúne características de entidade de classe e, no caso da UTC Engenharia S.A., a empresa é uma concessionária de serviço público por atuar na exploração de petróleo e gás natural.

Agora só resta aguardar para saber se pelo menos o bezerro escapa dessa lama toda do brejo.