Agnelo junta a fome com a vontade de comer

Gerson Tavares

Todo o mundo político brasileiro sabe que para se dar bem, tem que fazer acordo com José Dirceu. Isso sempre foi assim desde que Lula entrou no governo, passou pelos oito anos de governo lulista, mesmo com Dirceu se afastando das luzes dos holofotes, e segue até hoje pelos quase onze meses do governo Dilma.

E o perigoso Agnelo Queiroz sabendo disso e precisando retomar o controle do governo do Distrito Federal, que foi abalado pela maior crise desde que tomou posse, tratou de ampliar o espaço do Partido dos Traidores, o “famigerado” PT, principalmente para o grupo ligado ao ex-ministro e deputado cassado José Dirceu e foi então que resolveu colocar em sua equipe o sindicalista Jacques Pena e para tal deu a presidência do Banco de Brasília (BRB).

Petista de carteirinha, ele vai tomar conta da chave do cofre do governo, cujo Orçamento de cerca de R$ 25 bilhões anuais é centralizado no banco, o que quer dizer que agora, no Distrito Federal, tem raposa tomando conta do galinheiro.

O Banco de Brasília é o principal provedor de serviços bancários da administração direta e das empresas públicas do DF e centraliza ainda o recebimento de todos os impostos, multas e taxas locais, como IPTU e IPVA. Bem mais da metade do Orçamento do governo circula pelas contas dos 250 mil servidores ativos e inativos do Executivo.

Mas o detalhe maior é que o Jacques Pena é ligado ao “Construindo um Novo Brasil”, a corrente mais forte do Partido dos Traidores, que tem como maior expoente, o ex-presidente Luiz Inácio. Juntinho do ex-presidente está um dos maiores caciques, o José Dirceu, que é o comandante, em nível nacional, de uma “tropa de choque” para garantir todo e qualquer socorro ao governador.

Todos sabem que Agnelo é alvo de denúncias de recebimento de propina quando foi ministro do Esporte, entre 2003 e 2006 e ainda como diretor da Anvisa de 2007 até 2010. E como Dirceu tem uma vida muito atribulada resolvendo os pepinos que são muitos, em Brasília, a corrente é comandada pelo próprio Agnelo e pelo deputado distrital Chico Vigilante.

Mas depois de tantos escândalos quem deveria estar realmente "vigilante" era o povo. ACORDA MEU POVO!