Cortando na carne IV
Gerson Tavares
Agora que ninguém mais pode trocar o voto na urna, as mudanças estarão acontecendo por meio de medidas provisórias elaboradas pelo Palácio do Planalto. E a hora é de falar de Previdência e então o ministro falou que as novas regras passam a valer apenas para futuros dependentes do sistema previdenciário público. Disse ele: “As alterações não se aplicam a quem já recebe. A lei não retroage. É daqui para frente”. Será que esse “ministrinho” acha que falou alguma novidade? Será que ele acha que todo o brasileiro tem a mesma limitação de conhecimento que a “quadrilha petista”? Desculpem-me, mas não dá para ouvir essas baboseiras e deixar para lá.
As propostas foram apresentadas por Mercadante ao lado da
ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do futuro titular da pasta, Nelson
Barbosa, e do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Sei não, mas se juntar
tudo não dá um simples ministro.
Voltando ao Mercadante, ele falou que a ideia do Palácio do
Planalto com os ajustes nas despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e
da Previdência Social é se “adaptar à nova realidade do mercado de trabalho brasileiro”,
reduzir a rotatividade, buscar um alinhamento com padrões internacionais e
eliminar excessos. Mas será que eles já resolveram a falta de empregos que
está acontecendo nesses últimos dias?
O Mercadante negou que as medidas anunciadas sejam impopulares
e disse: “Não concordo que necessariamente são medidas impopulares. Todos os
programas estão sendo mantidos, estamos mudando regras. Os direitos
trabalhistas, sociais e previdenciários estão garantidos”. Garantidos para
eles, os “politiqueiros”, que nada têm a perder.
Quanto ao abono salarial, para ter acesso ao benefício, o
trabalhador passará a ter de comprovar seis meses ininterruptos de trabalho com
carteira assinada. Na regra atual, o abono é concedido com apenas um mês de
contribuição. O valor do benefício, que hoje é de um salário-mínimo, passa a
ser proporcional ao tempo de serviço, como já acontece com o 13º salário. Mas
por que só com o trabalhador? O político, se por acaso é suplente de senador,
se assumir a cadeira somente “um dia” de mandato, recebe o mês e se bobearmos,
recebe até que alguém “bote a boca no trombone”.
Mas como esse assunto cansa, já que falar de “safardana” é
um “saco”, por hoje chega. Amanhã eu juro que paro com essa "estória da carochinha dilmista".
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