A BEIJA-FLOR ENTRA NA
AVENIDA
COM DINHEIRO DOS
BRASILEIROS
Gerson Tavares
Você que estava achando que os dirigentes brasileiros já haviam
feito de tudo, estavam muito enganados. Lembram-se de que quando, com anistia, o
Brasil beneficiou países africanos acusados de corrupção? Pois foi ali que o
governo Dilma Rousseff perdoou 80% de uma dívida de R$ 1,9 bilhão que os
africanos haviam pedido como empréstimo e assim cada brasileiro tornou-se sócio
de uma dívida e ficou na obrigação de doar R$ 8 para a África. Foi exatamente
assim que ficou resolvido e o povão passou a devedor pela decisão da presidente
Dilma Rousseff de perdoar 80% da dívida acumulada por uma dúzia de países
africanos com o Brasil. Eles compraram R$ 1,9 bilhão em produtos e serviços no
mercado nacional nas últimas três décadas e não pagaram. Então ficou resolvido
que os prejuízos serão socializados entre 190 milhões de brasileiros.
Mas por que eu estou falando desse “calote”? Simplesmente
porque eu quero chegar aos quatro países que concentram mais da metade dessa
dívida africana com o Brasil. São esses os nossos "novos sócios”: Congo-Brazzaville,
Sudão, Gabão e, pasmem, Guiné Equatorial.
Essas são as nações cuja riqueza em petróleo e gás contrasta
com a pobreza extrema em que vive a maior parte dos seus 41 milhões de
habitantes, governados por ditadores cleptocratas. Os presidentes do
Congo-Brazzaville, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial, alguns de seus familiares e
principais assessores enfrentam processos em diferentes tribunais da Europa e
dos Estados Unidos. Entre as múltiplas acusações, destacam-se roubo e desvio de
dinheiro público, enriquecimento ilícito, corrupção, lavagem de dinheiro e até
genocídio.
Eis a razão de falar dessa “sacanagem”. Há algum tempo atrás
um colunista de um jornal do Rio de Janeiro andou falando que o filho do
ditador da Guiné Equatorial, país que patrocinou a Beija-Flor de Nilópolis, estava
‘saindo’ com Raíssa Oliveira, rainha de bateria da escola. Logo depois falaram
que quem estava “nas bocas” era que o próprio ditador. Agora é ela quem
declara, logo após a vitória da escola, que foi ela quem conseguiu o patrocínio
milionário.
Então resolvi juntar tudo, o perdão da dívida e o patrocínio
da Beija-Flor, para ver que está mais que provado que ela teria que vencer o
Carnaval. Se esse regime facínora teve sua dívida perdoada por Dilma Rousseff,
em 2013, o povo brasileiro é o patrocinador, mas para não dar na vista, um
ditador ganha os louros da vitória.
Mas é muito triste saber que a Beija-Flor, uma escola ligada a
bicheiros, esse ano foi financiada com o dinheiro de uma dívida perdoada
por Dilma Rousseff. O dinheiro que foi doado pelo ditador da Guiné-Equatorial foi "garfado" do povo brasileiro. E para ser
mais vergonhoso, Guiné-Equatorial, que não passa de um país rico, mas que faz com que pessoas
morram de fome, está esfregando na cara do mundo que a Beija-Flor venceu o carnaval carioca com o dinheiro saiu dos
cofres da Guiné/Brasil sem ninguém pestanejar. Foi assim que o mundo tomou conhecimento de que “o crime e o genocídio venceram mais uma
vez."
Pobre Brasil!
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