quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cortando na carne III

Gerson Tavares










Ontem terminei meu comentário sobre as “cagadas” da Dilma quando ela falava mal da Marina Silva e hoje volto ao assunto para mostrar que tudo que a Dilma falava dos outros candidatos era exatamente aquilo que já estava elaborando com sua equipe, caso viesse a vencer o pleito.

Na campanha a Dilma fez muitas vezes declarações que os fundamentos econômicos das propostas do partido de Marina Silva ameaçavam os programas sociais de seu governo para favorecer o sistema financeiro. Disse a tresloucada candidata: “Nós não acreditamos em choque fiscal. O Brasil precisa de uma política fiscal sistemática, robusta. Se vão ampliar alguns mecanismos, têm que explicar: vai fazer choque fiscal? Vai cortar o quê? Programa social? Bolsa família? Subsídio do Minha Casa Minha Vida? Choque fiscal é um baita ajuste, se corta tudo para pagar juros para os bancos? Não é necessário”. Essa declaração foi feita pelo “velho bujão de gás” em entrevista à imprensa em Feira de Santana, que é a segunda maior cidade baiana, isso antes de uma caminhada de campanha pela cidade. E falou mais: “Ficar falando em choque fiscal é uma forma perigosa e extremamente eleitoreira”. Ela, claro, não falou, mas está executando sem nenhuma cerimônia. Muito “cara de pau”. 

E Dilma não parava de projetar o seu segundo governo sobre os outros candidatos. Resolveu pegar a Marina para “pato” já que ela havia chegado para a campanha atrasada, mas chegou com muita força. Então Dilma resolveu mencionar a visão liberalizante de Marina e seus assessores quanto à pauta trabalhista. E assim falou: “Ela já falou em flexibilizar direitos trabalhistas, em reduzir o papel dos bancos públicos. Se reduz o papel dos bancos públicos, não tem Minha Casa Minha Vida, não tem programa de agricultura familiar, não tem financiamento à agricultura, à indústria, não tem emprego”.

Aliás, Dilma só se esqueceu de falar que com a redução do papel dos bancos públicos ela e sua “quadrilha” ficariam sem os dividendos.

Desculpe, mas eu não posso deixar de falar: Pobre Brasil!




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