APAGÃO É COISA DE INCOMPETENTE
Gerson Tavares
Em governos passados sempre ouvi os petistas falarem que
“apagão é coisa de incompetente”. E como os petistas sempre se mostraram
competentes, os apagões deveriam estar escassos ou não existirem, mas nada que fosse definitivo e assim sendo, para ter apagão, eles não queriam coisa pouca e então,
resolveram fazer um apagão de verdade.
E agora, como a ocorrência está ficando cada vez mais frequente,
com os apagões já ocupando as primeiras manchetes do mundo, o Brasil está na
iminência de racionar energia. Este é o alerta na Carta de Conjuntura de
janeiro: “O sistema elétrico nacional encontra-se desorganizado, a produção
anda no fio da navalha e já compromete o desempenho da economia”. De acordo com
o documento editado pelo Instituto Teotonio Vilela, “o modelo atual foi
concebido e implantado por Dilma Rousseff desde que ocupou o Ministério de
Minas e Energia. A intervenção patrocinada pelo governo petista a partir de
2013 consumiu bilhões em recursos públicos, desestruturou as empresas de
energia e afastou investimentos. As tarifas baixas não se sustentaram e os
brasileiros estão sendo submetidos a um tarifaço, aponta o órgão de estudos
políticos do PSDB, que defende medidas urgentes para racionalizar o consumo”.
O apagão que deixou pelo menos 11 estados e o Distrito
Federal no escuro no último dia 19 coroa os fiascos de um modelo imposto ao
setor elétrico brasileiro por Dilma Rousseff. Desde que ocupou o Ministério de
Minas e Energia, passando pela Casa Civil e, especialmente, já como presidente
da República, ela esmerou-se em não deixar pedra sobre pedra no nosso sistema
de produção de energia. As consequências, só a escuridão que deixou milhões de
brasileiros sem luz não deixa ver: o Brasil não dispõe hoje de energia
suficiente para crescer. Desde 2013, ocorreram 142 apagões no país.
O episódio foi apresentado na versão oficial como um “corte
preventivo” para evitar um apagão de proporções gigantescas. Ou seja, o sistema
apresenta problemas evidentes para fazer frente ao consumo em alta, ao mesmo
tempo em que a geração a partir de fontes hidráulicas está estrangulada pela
falta de chuvas, por restrições ambientais, pela má gestão e pelo mau
planejamento do prazo de entrada em operação das usinas em construção. A produção
com base na queima de combustíveis fósseis está no limite e as obras de
expansão do parque nacional acumulam frustrações, com seguidos atrasos de
cronograma.
Mesmo com a séria crise hídrica que o país enfrenta desde o
ano passado, o governo petista sempre negou os riscos de apagões e,
principalmente, de racionamento que, pelo que dizem, só acontecem como fruto de "barbeiragens”. Digo isso segundo os ensinamentos da própria Dilma, que ainda como ministra-chefe da Casa Civil deixou isso bem divulgado.
Mas a perspectiva é de que, com reservatórios em níveis baixíssimos e um
consumo ainda indomado, a população passe a conviver com constantes
contratempos de falta de energia. Segundo os modelos oficiais, a chance é de
4,9%, no limite do aceitável, mas cálculos privados estimam risco bem maior, em
torno de 40%.
É por isso que eu sempre digo que a Dilma fala demais e não
entende de nada que faz. Quer dizer, ela só entende de falar: “não sei”, não
ouvi”, “não vi” e, “não culpem a Graça Foster”.
Aí tem!
Aí tem!
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