sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

APAGÃO É COISA DE INCOMPETENTE 

Gerson Tavares
 








Em governos passados sempre ouvi os petistas falarem que “apagão é coisa de incompetente”. E como os petistas sempre se mostraram competentes, os apagões deveriam estar escassos ou não existirem, mas nada que fosse definitivo e assim sendo, para ter apagão, eles não queriam coisa pouca e então, resolveram fazer um apagão de verdade.

E agora, como a ocorrência está ficando cada vez mais frequente, com os apagões já ocupando as primeiras manchetes do mundo, o Brasil está na iminência de racionar energia. Este é o alerta na Carta de Conjuntura de janeiro: “O sistema elétrico nacional encontra-se desorganizado, a produção anda no fio da navalha e já compromete o desempenho da economia”. De acordo com o documento editado pelo Instituto Teotonio Vilela, “o modelo atual foi concebido e implantado por Dilma Rousseff desde que ocupou o Ministério de Minas e Energia. A intervenção patrocinada pelo governo petista a partir de 2013 consumiu bilhões em recursos públicos, desestruturou as empresas de energia e afastou investimentos. As tarifas baixas não se sustentaram e os brasileiros estão sendo submetidos a um tarifaço, aponta o órgão de estudos políticos do PSDB, que defende medidas urgentes para racionalizar o consumo”.

O apagão que deixou pelo menos 11 estados e o Distrito Federal no escuro no último dia 19 coroa os fiascos de um modelo imposto ao setor elétrico brasileiro por Dilma Rousseff. Desde que ocupou o Ministério de Minas e Energia, passando pela Casa Civil e, especialmente, já como presidente da República, ela esmerou-se em não deixar pedra sobre pedra no nosso sistema de produção de energia. As consequências, só a escuridão que deixou milhões de brasileiros sem luz não deixa ver: o Brasil não dispõe hoje de energia suficiente para crescer. Desde 2013, ocorreram 142 apagões no país.

O episódio foi apresentado na versão oficial como um “corte preventivo” para evitar um apagão de proporções gigantescas. Ou seja, o sistema apresenta problemas evidentes para fazer frente ao consumo em alta, ao mesmo tempo em que a geração a partir de fontes hidráulicas está estrangulada pela falta de chuvas, por restrições ambientais, pela má gestão e pelo mau planejamento do prazo de entrada em operação das usinas em construção. A produção com base na queima de combustíveis fósseis está no limite e as obras de expansão do parque nacional acumulam frustrações, com seguidos atrasos de cronograma.

Mesmo com a séria crise hídrica que o país enfrenta desde o ano passado, o governo petista sempre negou os riscos de apagões e, principalmente, de racionamento que, pelo que dizem, só acontecem como fruto de "barbeiragens”. Digo isso segundo os ensinamentos da própria Dilma, que ainda como ministra-chefe da Casa Civil deixou isso bem divulgado. Mas a perspectiva é de que, com reservatórios em níveis baixíssimos e um consumo ainda indomado, a população passe a conviver com constantes contratempos de falta de energia. Segundo os modelos oficiais, a chance é de 4,9%, no limite do aceitável, mas cálculos privados estimam risco bem maior, em torno de 40%.

É por isso que eu sempre digo que a Dilma fala demais e não entende de nada que faz. Quer dizer, ela só entende de falar: “não sei”, não ouvi”, “não vi” e, “não culpem a Graça Foster”.

Aí tem!




Aí tem!

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