Operações da PF prendem 40 no Rio

A maioria dos presos são jovens de classe média alta

RIO – Enquanto ministros estão lutando para libertar a maconha e a “turma do posto nove” cria problemas para a polícia por prender traficantes que agem nas areias de Ipanema, a Polícia Federal prendeu quarenta e duas pessoas ontem, no Rio, nas Operações Trilha Albis e Nocaute, que foi deflagrada para combater o tráfico de drogas sintéticas. As ações também ocorreram em outros sete estados e no Distrito Federal, com mais 11 prisões efetuadas.

Na cidade do Rio, as detenções foram feitas na Lagoa, Barra da Tijuca, Ilha do Governador, Vila Isabel e Flamengo, além de Niterói. Segundo o delegado titular da Divisão de Repressão a Entorpecentes da PF, Victor César Carvalho dos Santos, os presos são jovens que pertencem à classe média alta. Parentes e advogados, imediatamente se dirigiram à sede da Polícia Federal, no Centro do Rio, em busca de informações.

Vitor Carvalho explicou que a “Operação Trilha” combateu uma quadrilha mais organizada, que tinha um mentor. Já na “Operação Nocaute”, foram detidos os traficantes que faziam negócios com os próprios amigos, no bairro onde residiam. Nos dois casos, no entanto, eram contratadas as famosas “mulas” que viajavam para a Europa com cocaína, principalmente França e Holanda, e voltavam com drogas sintéticas, como LSD, ecstasy e skunk. Na Europa, as “'mulas” eram recebidas por um traficante da quadrilha. Segundo a PF, eles davam quatro viagens por semana, o que rendia R$ 250 mil por cada viagem.

Todos esses jovens começam na maconha e aí vem o Minc com a idéia de reunir o governo para “liberar geral”.