segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Meio Ambiente e Direitos Humanos,
que droga é essa?



Gerson Tavares




Ipanema virou campo minado no final durante a semana passada com a polícia encontrando resistência no combate ao tráfico e uso de drogas na areia da praia. Viciados, donos de quiosques e vendedores se aliaram e levaram o terror a aquelas pessoas que só estavam ali para lazer.

Que os traficantes tem as chamadas “esticas” para os barraqueiros na areia, todos nós sabemos, mas o que não gostaria de ver era ministro dando a maior força para os mantenedores das quadrilhas.

Quando o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, se juntou ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para negociarem dentro do governo uma proposta para ampliar o alcance da nova lei de entorpecentes, fiquei preocupado. A atual legislação já exclui a pena de prisão para os usuários de drogas, o que eu já considero um absurdo, porque são eles que financiam todo esse armamento que a bandidagem usa para assaltar, para demonstrar força. Já ouvi gente falando que o Minc, se não está legislando em causa própria, tem como meta estabelecer regras mais claras para assegurar tratamento diferenciado aos consumidores da área. Segundo Minc, a lei está deixando os usuários expostos ao constrangimento, corrupção e extorsão por parte das autoridades encarregadas de combater o tráfico. Só que o Minc não está se importando que pessoas de bem fiquem constrangidas de estarem na praia e olhe para o lado e veja um safado qualquer fumando o seu “cigarro do capeta”. Qual é a do ministro de não respeitar o cidadão de bem, não respeitar as famílias?

Minc e Vanucchi estão tentando marcar uma reunião com o Tarso Genro, o padrinho do Battisti, e com José Temporão para aprofundar um debate sobre o assunto “droga”, no alto escalão federal.

Agora só nos falta, os quatro conseguirem COM que esse governo “Lunático” resolva que quem não usar drogas não pode mais sair às ruas. Desses, tudo pode-se esperar.

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