sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009









Mas como estamos numa hora de relaxar, o carnaval se faz presente, vamos falar um pouco da “festa”.












O CARNAVAL E SUAS HISTÓRIAS








Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas, como o carnaval, estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.




O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil.

Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval, depois dos bailes de salão são os desfiles das Escolas de Samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. E nunca podemos esquecer do “Galo da Madrugada”, que arrasta milhares de foliões no centro da capital do Recife, Pernambuco, Brasil.








Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.



No Brasil, em seu início, o carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois das batalhas de confetes e serpentinas.
Entrudo era a época de pôr o mundo ao contrário, de pernas para o ar. É a altura em que se podia provocar sem conseqüências imediatas, sem as censuras normais. Homens provocavam mulheres, fazendo uma farsa dos seus segredos, as mulheres, mais dançarinas, provocavam, imitavam, descontraiam.


Assim deveria ser o Entrudo. Entrudo/Carnaval nada tinha a ver com crianças em desfile, alinhadas conforme o gosto dos adultos. Entrudo era desalinhamento, era imaginação, era provocação.

No Brasil, o carnaval sempre foi festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa. Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa; em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; no Recife, o Recifolia, já extinto.

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias.







Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.









No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.



No século XX, o carnaval foi crescendo, Zé Pereira tomando conta da folia e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas.

As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.









A primeira Escola de Samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Ela foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na Escola de Samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas Escolas de Samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos e hoje se transformaram no maior espetáculo a céu aberto do mundo.




Mas o carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.







Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.






Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.


E hoje o carnaval já dura dez dias. Na sexta-feira antes do carnaval já estamos entregues ao rei Momo e só na manhã do domingo, após o carnaval, o brasileiro tira a fantasia. Por tudo isso, eu que também gosto da folia, vou me despedindo: Até segunda-feira, dia 2 de março.

Até o mês que vem e, curta com responsabilidade uma "Boa Folia"!

12 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Gerson. Parabéns e muito obrigado por nos trazer tão boas lembranças dos bons carnavais que passamos. A festa continua,mas já não é aquela festa. Nós temos que agradecer por tudo que vocêescreveu e mostrou.

Continue assim, trazendo o que é bom quando for possivel.



Lucinda Vargas

Ilha do Governador - RJ

Anônimo disse...

Uma época que não volta mais. É isto que você está nos mostrando com essas Histórias do Carnaval.

Obrigado.


Walter Salles

Jardim Botanico - Rio

Anônimo disse...

Sou carioca e estou morrendo de saudades da minha terra. Pois você me deu um alnto nesses dias de carnaval maravilhoso que os meus amigos cariocas estão vivendo. Eu, aqui em Assunção, no Parguai, onde estou trabalhando, fiquei muito feliz por ver que tem gente que lembra como eu, o qu fpi o carnaval carioca. Mas garanto que eu estou muito mais saudoso por estar tão longe.


Walfrido Figueiredo Lopes

Assunção - Paraguai

Anônimo disse...

Como é bom ver que ainda existe gente como você. Lembrar que o carnaval já foi tudo isso que você nos traz, é maravilhoso. Obrigada, muito obrigada mesmo, pois só assim mostrei aos meus netos que ainda tem gente que gostou e gosta daquilo que foi bom e bonito.

Continue sempre assim porque precisamos de gente de bom gosto.


Ana Amélia Gouveia de Britto

Arpoador-RJ

Anônimo disse...

Como é bom ver que ainda existe gente como você. Lembrar que o carnaval já foi tudo isso que você nos traz, é maravilhoso. Obrigada, muito obrigada mesmo, pois só assim mostrei aos meus netos que ainda tem gente que gostou e gosta daquilo que foi bom e bonito.

Continue sempre assim porque precisamos de gente de bom gosto.


Ana Amélia Gouveia de Britto

Arpoador-RJ

Anônimo disse...

E pensar que eu já vivi uma grande parte dessas "Histórias dos Carnavais" que você mostrou. Como foi bom reviver tudo isso.


Godofredo Justus

São Paulo

Anônimo disse...

Muito boa a sua idéia de relembrar o carnaval do Brail. Valeu a pena ver as imagens do carnaval antigo.Hoje tudo se resume em escolas de Samba no Rio e São Paulo, nos Trios Eletricos baianos ou no carnaval de Pernambuco, o único que ainda mostra o antigo folião e a alegria verdadeira do carnaval.

Parabens.



Ubaldino torres


Niterói - Rio

Anônimo disse...

Como é bom ver que ainda tem gente escrevendo sobre a folia de carnaval. Assim dava gosto de ver e brincar o carnaval. Não deixe nunca de relembrar as boas coisas que tinhamos e que infelizmente já não temos mais.


Guilherme Pinto e Silva


Vitória - ES

Anônimo disse...

Carnaval de antigamente. Como era bom poder ir para as ruas com a família e ter a certeza que nada de mais iria acontecer. Era folia pura, saudável e hoje tão saudosa.


Saudades do carnaval que um dia eu brinquei. Obrigado por me fazer relembrar.


Nilsa Freitas Lumas

Serra - Espirito Santo

Anônimo disse...

Aqui em Olinda nós estamos tendo um dos maiores carnavais dos últimos anos. Mas semp´re é bom lembrar do meu tempo de Rio de Janeiro. Como era bom o carnaval da RioBranco, da Cinelândia, dos coretos. O Rio deixou o carnaval passar, mas eu dei a sorte de vir morar em Olinda e ver que como você mostrou o passado, hoje ainda temos o mesmo carnaval.

Valeu a sua lembrança. Gostamos muito, eu e minha mulher, de tudo que você mostrou neste Carnaval e suas Histórias.


Francisco Lopes Gomes

Olinda - Pernambuco

Anônimo disse...

COMO É BOM RELEMBRAR. ESTAVA AGORA MESMO LENDO TUDO E VENDO AS FOTOS E PASSEOU UM FILME PELA MINHA CABEÇA. É BOM SABER QUE SER SAUDOSO NÃO É SER VELHO. É GOSTAR DO QUE É BOM.

PARABENS E OBRIGADO POR TRAZER ESSAS LEMBRANÇAS PARA NÓS QUE JÁ PASSAMOS POR TUDO QUE ERA BOM E NÃO CONSEGUIMOS NBOS ACOSTUMAR COM AS COISAS QUE HOJE ACONTECEM SEM O GLAMOUR DE OUTRORA.



NORBERTO VALADARES

LEBLON / RIO

Anônimo disse...

Como tudo era bonito, como tudo era alegria. Carnavais que não voltam mais.

Mas como existe gente como você, as lembranças não se apagam jamais.


Desculpe se rimei, mas o que é belo, inspirou esse 'velho' carioca, que morre de saudades dos carnavais e de suas histórias.


Obrigado, Gerson.


Gilberto Alves

Leme - Rio