terça-feira, 23 de março de 2010

De quem é a culpa


Gerson Tavares

Já venho matutando o assunto há algum tempo e hoje resolvi escrever sobre os ônibus da cidade do Rio de Janeiro. Como existem muitos órgão com a obrigação de fiscalizar, os problemas vão se acumulando e ninguém toma providência alguma.

As empresas de ônibus descobriram uma modalidade para aumentar a renda mensal e atendidas por empresas de propaganda, estão com propaganda em seus vidros traseiros. São os “Busdoor”, uma propaganda que bem fiscalizada, poderia ser um bem para os funcionários das empresas e para os usuários. Os funcionários poderiam ter seus salários melhorados e as passagens não precisavam sofrer tantos reajustes como vem acontecendo ultimamente. Mas como empresário de ônibus tem o olho maior que a cara, funcionários além de não receberem aumento, ainda vem seus colegas trocadores serem mandados embora e o motorista fica obrigado a acumular função, colocando em risco a sua própria vida e dos passageiros. Isso sem contar os transeuntes que estão sempre expostos aos perigos de um erro do “piloto maluco”.

Mas os “Busdoor” foram aumentando de tamanho. De dois terços do vidro traseiro, os empresários resolveram inovar. Outro dia, um ônibus que ia a minha frente, tinha toda a traseira coberta pelo adesivo de propaganda. A parte de trás do ônibus era um grande “Outdoor” e não me perguntem o nome da empresa, porque nada era visto que pudesse identificar a empresa. Aliás, não dava nem para identificar o veiculo, pois até a “placa de identificação” que é colocada pelo Detran, estava sem condição de ser notada. Era uma propaganda com muito vermelho e branco, exatamente as cores da placa. E este ônibus passava por guardas e lá ia ele fazendo propaganda pela cidade.

Mas como tudo que acontece de ruim hoje, amanhã pode ser pior, já algumas outras vezes vejo passando pelo centro da cidade do Rio, um ou vários ônibus, não sei, que se transformou em um “pacote”. Em todos os lados, inclusive no teto, está uma propaganda da NET. Você não consegue saber o nome da empresa de ônibus, seu número de série, número de placa. Só o que dá para ver é o seu destino. Só a vista não está coberta, além do pára-brisa. Realmente, um desrespeito a qualquer lei de transito.

E para completar essa minha expedição pela selva de asfalto da cidade do Rio, estava eu mais uma vez atrás de um ônibus e tomei um susto. No “Busdoor”, desta vez em tamanho aceitável, li a frase: “BEBA SEM MODERAÇÃO”. Depois do susto procurei logo me inteirar do produto anunciado e vi lá: “Rei do Mate”.

E desde quando você pode beber mate sem moderação? Foi ai que resolvi apelar para o DetranRJ, para o DetroRJ e por que não, Denatran. O abuso está estampado nos ônibus da cidade e alguém tem que olhar por isso e punir os culpados. Mas já que estou apelando para o Denatran, um órgão federal, apelo também ao Ministério da Saúde.

É hora de chamar a atenção dessa turma tresloucada que para aumentar suas vendas, não teme nem matar a população.

Aliás, antigamente diziam “Mate Leão”, mas agora, o Rei quer “Matar Povo”.

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