terça-feira, 25 de agosto de 2009

Só depende de nós
Gerson Tavares


Foi no ano de 1954, há exatos 25 anos, que Getúlio Vargas colocou fim em sua vida. Com um tiro no peito, o “velho Gegê”, aquele que era chamado de “Pai dos pobres”, matou-se em seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

Este ato se deu, talvez por vergonha por se sentir traído pelos seus poucos companheiros que deixaram as coisas extrapolarem. Um irmão do presidente é até hoje apontado por muitos antigos, de ter sido o grande causador deste tresloucado gesto que enlutou uma nação.

Lembro bem do “anjo negro”, Gregório Fortunato, um gaúcho de São Borja, que era uma espécie de escudo para o Getúlio. Chefe da Guarda Presidencial, com outras pessoas do “corpo de segurança”, entre eles o Climério Euribes de Almeida, foram metendo os pés pelas mãos e até que no dia 24 de agosto de 1954, o país viu Getúlio Vargas “sair da vida para entrar na história”, como ele mesmo deixou escrito em sua carta testamento.

Os escândalos levaram um homem à morte. Moralmente abatido, ele não podia mais olhar seus compatriotas nos olhos. Agora eu penso nas diferenças que separam estes exatos 25 anos. Com os escândalos de hoje, com “roubos” e “negociatas” acontecendo dentro do Palácio do Planalto, a Sede do Poder Executivo. Com “roubos”, “negociatas” e todos os modos de “falcatruas” acontecendo quase que diariamente nas casas do Legislativo, fazendo do Congresso Federal, verdadeira “casa de mãe Joana”, eu ma pergunto: Será que esses indivíduos que hoje estão na política brasileira teriam coragem para dar fim à própria vida?

Hoje com o Lula, com Sarney, Renan, Collor ou com qualquer desses que estão aí na política, este ato nunca poderá acontecer. Hoje a política brasileira tem uma corja de “safados” que entraram na política com um discurso de “Salvadores da Pátria”, mas que na verdade não passam de “Vendilhões”.

Gente, é hora de acordar. A moralização deste país só depende de nós eleitores. As eleições estão chegando. Falta pouco mais de um ano para escolhermos um novo presidente e por mais quatro anos, ou nos lamuriarmos com o erro do nosso voto, ou então dizer: “Votei com consciência”.

Mas na dúvida, anule seu voto e mostre ao mundo o seu protesto. Lembre-se que com 50% e mais um voto anulado, podemos dar um novo futuro ao país.

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