quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sepultar é a ordem


Gerson Tavares


O Planalto pressionou tanto que o Conselho de Ética do Senado resolveu sepultar de vez todas as investigações contra as “mutretas” do “Ribamar”. Esta ordem veio de cima, do presidente Lula, que não quer nada atrapalhando os acertos dos aliados para as eleições de 2010.

A grande pedra no sapato do Lula era o senador Mercadante. Aloísio chegou a ameaçar entregar o cargo de líder por não suportar tanta “sacanagem” que esses “aliados” estavam armando.

Mercadante falou que não iria participar da manobra de substituição de dois membros suplentes da legenda, que são Ideli Salvatti e Delcídio Amara. Então houve uma ordem, que também vem lá de cima, do Planalto, para que pelo menos um deles deixasse de votar e assim impedir que a oposição chegasse aos oito votos para reabrir as investigações.

A posição do PT foi criticada por todos. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, criticou a argumentação de Berzoini de que o partido ofereceu alternativa ao lançar Tião Viana para a presidência do Senado contra Sarney, como se isto fosse uma justificativa para agora estarem do lado de um “corrupto” comprovado. Demóstenes Torres chegou a dizer que o PT fazia “falso moralismo” em relação ao Senado.
O senador Pedro Simon foi outro que criticou o PT. Disse Simon em muito boa hora: “Hoje é o dia em que o PT abraça o Sarney e o Collor e a senadora Marina sai”. E perguntou: “Qual deles representa mais a origem do PT? Triste dia esse para o PT”.

Mas uma verdade não pode ser omitida. Pelo medo das investigações, demonstrado por Lula, seria hora de se abrir um processo contra ele, Lula, para se descobrir quais as “falcatruas” em que ele também está envolvido. E ainda vem mais aí, já que ele, Lula, vem lutando com todas as armas para abafar a CPI da Petrobrás.

Desculpem, mas ninguém que não tenha “culpa no cartório”, iria fazer tanta coisa para que não houvesse investigação.

Aliás, o ideal nesses casos, é primeiro prender para depois investigar.

“Cadeia neles”!

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